27 de julho de 2024
PUNIÇÃO

Assassino de Thábata, Douglas Teixeira é expulso da Polícia Militar

Por Kaique Castro | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Sampi/Franca
Reprodução
Douglas Teixeira matou Thábata Gonzales

O Comando Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo expulsou da Corporação nesta quinta-feira, 22, o assassino de Thábata Gonzales, 34, Douglas da Silva Teixeira, 30. Teixeira matou a ex-mulher em novembro de 2021 e responde em liberdade pelo feminicídio. Antes de sua expulsão, ele estava realizando trabalhos internos no 15º BPMI (Batalhão da Polícia Militar do Interior), em Franca.

A expulsão do policial militar foi publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo. Na publicação assinada pelo Comando Geral, o crime é classificado como "desonra".

“Atos atentatórios ao Estado, à Instituição e aos direitos humanos fundamentais, como desonrosos, consubstanciando as faltas disciplinares de natureza grave”, diz o documento.

Em janeiro deste ano, a Justiça aceitou a denúncia. Ele responde feminícidio com os agravantes de motivo torpe e emprego de meio cruel.

A reportagem entrou em contato com o advogado de defesa de Douglas, mas até o término da matéria não obteve resposta.

O crime
O assassinato aconteceu na madrugada de 18 de novembro. Após matar Thábata com um tiro na cabeça, próximo ao Parque Universitário, ele abandonou o corpo da vítima na chácara onde moram os pais dele, às margens da rodovia Tancredo Neves, entre Franca e Claraval (MG). O policial fugiu na caminhonete do pai, na sequência.

De acordo com amigos e familiares, as ameaças de Teixeira contra a ex-mulher eram constantes. Ele não aceitava o fim do relacionamento e, segundo as denúncias, chegou a agredi-la em algumas ocasiões.

Thábata se despediu de amigos e familiares em mensagens enviadas pelo WhatsApp. A Polícia Civil ainda não sabe se quem realmente enviou a mensagem foi a mulher ou seu assassino.

Um dia após o crime, o policial militar se apresentou na sede da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), acompanhado de seu advogado. Cabisbaixo, ele não quis dar declarações de como aconteceu o crime e permaneceu calado.

Depois de ser ouvido, Teixeira foi levado para o Presídio Militar "Romão Gomes", em São Paulo, e foi solto recentemente.