27 de dezembro de 2024
RELIGIÃO

Os Sinais de Jesus

Por Monsenhor José Geraldo Segantin | Especial para o GCN
| Tempo de leitura: 2 min

Com a graça de Deus, estamos iniciando a terceira semana do Advento. Vejamos, de forma concreta, através dos trechos da sua Palavra.

Primeira Leitura: Isaías 35.
Pelo terceiro domingo consecutivo, a primeira leitura nos faz sonhar. Mais uma vez, Isaías nos apresenta um mundo novo, completamente diferente deste no qual nos encontramos.

O povo de Israel estava atravessando um dos piores períodos da sua história. Tudo parecia morto. Havia somente muita tristeza e muitas lágrimas. Quem teria coragem de sonhar um futuro promissor diante de panorama tão desolador?

A última parte da leitura nos apresenta o que acontecerá às pessoas doentes e debilitadas do povo: abrir-se-ão os olhos dos cegos e se descerrarão os ouvidos dos surdos, o aleijado pulará como um cabrito, a língua do mudo se soltará em cantos de alegria.

Trata-se dos sinais que indicam a chegada de um mundo novo, onde não haverá mais lugar para a doença, a dor, o pranto.

Segunda Leitura: Tiago 5.
Após ter-se dirigido aos ricos, Tiago se dirige aos pobres e o que é recomenda a eles? Recomenda a paciência.

“Sede pacientes!” “não vos queixeis!” “suportai-vos!”

Tiago conclui, dizendo aos pobres: no vosso sofrimento, fazei tudo o que está ao vosso alcance, lutai para conseguir justiça, mas não cometais violência contra quem vos oprime e não vos queixeis com quem está perto de vós.

Evangelho: Mateus 11.
Nós aguardamos o Messias, mas não é fácil reconhecê-lo quando chega. Também Jesus, quando se apresentou no mundo, não foi compreendido. O próprio Batista ficou desorientado: havia revelado sinais para poder identificá-lo e estes não aconteceram.

Aos enviados do Batista Jesus se apresenta como Messias, enumerando seis sinais, que são: cura dos cegos, dos surdos, dos mudos, dos aleijados, a ressurreição dos mortos e o anúncio do Evangelho aos pobres. Todos são sinais de salvação, nenhum de condenação.

O Deus que se revelou em Jesus é muito diferente de nós, não pode ser medido pelos nossos sentimentos. Ele ama a todos, bons e maus, faz surgir o sol e envia a chuva sobre justos e injustos, porque todos são seus filhos.

Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio.