23 de dezembro de 2025
ACIDENTE

Caminhoneiro aponta suposta 'falha' de operação da balsa na queda de seu caminhão

Por Hevertom Talles | Folhapress
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução/Redes Sociais
O caminhão bitrem estava com o primeiro compartimento dentro da balsa, quando o transporte usado para fazer a travessia foi se distanciando da margem da represa

Após o acidente na balsa de Delfinópolis-MG desta quarta-feira, 26, o caminhoneiro que teve o caminhão submerso nas águas da represa Rio Grande sinalizou que erros técnicos e falhas dos operadores da balsa teriam ocasionado o acidente.

“O pior de tudo é o procedimento, se tivesse atracado, amarrado, ela não tinha ido para frente. Procedimentos tudo errado”, declarou o motorista em áudio.

O caminhão bitrem estava com o primeiro compartimento dentro da balsa, quando o transporte usado para fazer a travessia foi se distanciando da margem da represa e do ancoradouro, ‘puxando’ todo o caminhão, inclusive a parte que estava já na balsa, para dentro da represa.

‘É muita coisa que vai envolver, não sei, mas é isso, a balsa não acelerou, caminhão empurrou e tinha movimentação de caminhão de areia aqui em cima. Engraçado que agora eu chego aqui, é balsa pra lá, balsa pra cá tudo amarrada”, disse o motorista.

O susto foi grande. Nas imagens gravadas por testemunhas, é possível ver o momento exato da queda do caminhão na represa. O motorista não se feriu e saiu ileso.

A embarcação Canastra, envolvida no acidente, fazia a travessia de veículos pesados e, com o acidente, o transporte desses veículos de grande porte está suspenso.

A Prefeitura de Delfinópolis pediu a compreensão de todos e reforçou que somente a balsa “Rio Grande IV’ está operando. Como alternativa, os motoristas podem utilizar a BR-464.

Acidente resgata debate sobre ponte para Delfinópolis
Moradores reivindicam a construção de uma ponte no local há anos. Trabalhadores de Cássia e outras cidades se deslocam todos os dias por meio da balsa para chegar a Delfinópolis e trabalharem, e depois fazem o mesmo caminho pela balsa para retornar.

Para Camila Silva de Carvalho, de 38 anos, que trabalha como taxista e reside em Delfinópolis, “de um tempo para cá, depois que terceirizaram, virou literalmente uma bagunça, a casa da mãe Joana”.

Ela relata que tem dias que fica de duas a três horas na fila, e presencia incidentes. “A gente espera essa ponte há muitos anos, eu vim para cá em 1983, e até hoje não saiu. Quem sabe agora sai (depois do acidente), relatou Camila.

“Triste realidade, o que está acontecendo lá merecia ter uma ponte há muito tempo. Ficam brigando por política, deviam era brigar por ter uma travessia melhor para a comunidade”, relatou Anadeges Fernandes em uma publicação nas redes sociais.

Renan César da Silva lamenta a situação: “Até quando isto irá persistir, é muito vergonhoso para o município”.