Sempre que rezamos significa que confiamos em Deus, entretanto, alcançar o pedido feito depende do “momento da graça”, isto é, o tempo certo. Sejamos perseverantes.
Primeira Leitura: Ex 17.
Os amalecitas eram uma tribo de nômades violentos que viviam nas regiões desoladas do deserto do Sinai.
Diz o texto que Moisés deu ordens a Josué para atacá-los, enquanto ele, junto a Aarão e Hur, subiria à montanha para invocar a ajuda de Deus.
Aconteceu, então, que, enquanto Moisés estava com as mãos erguidas em oração, Josué vencia, mas logo que, vencido pelo cansaço, as deixava cair, os amalecitas levavam a melhor.
O que nos ensina esta narrativa?
Nos ensina que para atingir objetivos superiores às nossas forças precisamos orar sem cessar!
Segunda leitura: 2Tm 3.
Que princípios devemos inculcar no coração dos nossos filhos? O que ensinar-lhes?
Paulo nos indica o rumo no trecho da carta de hoje: a Sagrada Escritura. Esta é inspirada por Deus e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça. Por ela, o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra.
Evangelho: Lc 18.
No evangelho de hoje, Jesus responde às perguntas com uma parábola: havia uma pobre viúva que não conseguia livrar-se das opressões de um homem malvado. Ela insistia e se queixava, mas o juiz que não temia a Deus e nem aos homens não lhe dava ouvidos.
A parábola continua: durante um certo tempo o juiz iníquo não quis atender aos insistentes pedidos da viúva, mas depois, cansado de ser importunado, um dia decidiu resolver o seu caso.
Com a sua insistência, a mulher obteve o que queria: conseguiu dobrar o seu coração.
A conclusão: se o juiz malvado acabou por atender os insistentes pedidos da viúva, Deus não fará justiça aos seus eleitos que de dia e de noite a ele clamam, ainda que os faça esperar muito? Digo-vos que em breve lhes fará justiça!
Lucas nos diz que Jesus narrou a parábola para ensinar aos seus discípulos que é preciso rezar sempre, sem cessar. A oração é o grande meio para não perder a fé, mesmo nos momentos mais difíceis e dramáticos, quando tudo parece conjurar contra nós e contra o reino de Deus.
Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio.