27 de dezembro de 2024
RELIGIÃO

Ocupa o Último Lugar

Por Mons. José Geraldo Segantin | especial para o GCN
| Tempo de leitura: 2 min

O último lugar é a atitude de quem quer sempre servir, ajudar a todos, especialmente, os mais rejeitados por todos. São os ensinamentos deste domingo.

Primeira Leitura: Eclesiástico 38.
Sê modesto... comporta-te como uma pessoa humilde”, aconselha Sirac ao seu discípulo.

Duzentos anos atrás nenhum de nós existia: tudo o que somos hoje, nós recebemos de Deus, como um presente. É dele que procedem a vida, a beleza, a força, a inteligência, o bom temperamento que temos. Nada nos pertence. De nada podemos nos vangloriar.

Os dons de Deus nos foram dados para que, por nossa vez, os comuniquemos aos irmãos.

Humilde é aquele que, tendo consciência das próprias qualidades, se coloca a serviço de todos, considera os outros como seus senhores, que podem lhe exigir tudo aquilo de que necessitam.

Segunda leitura: Hebreus 12.
Os cristãos não se aproximam do monte Sinai para ter uma experiência assustadora de Deus; eles se aproximam de Cristo; passam por uma experiência religiosa completamente diferente: é uma experiência festiva, porque em Jesus descobrem o rosto de Deus, amigo dos homens. No Antigo Testamento havia muitos mediadores entre Deus e os homens: os sumos sacerdotes, os levitas, o sinédrio, os anciãos. Hoje não há mais necessidade deles como intermediários; os cristãos sabem que podem dirigir-se diretamente ao Pai, sem qualquer receio.

Evangelho: Lucas 14.
O Evangelho nos ensina: Quando fores convidado às bodas, não te sentes no primeiro lugar..., mas vai tomar o último lugar, para que, quando vier o que te convidou, te diga: amigo, passa mais para diante, então serás honrado na presença de todos os convivas.

Depois de ter narrado a parábola, Jesus se dirige ao fariseu que o tinha convidado: “Quando deres alguma ceia, não convides os teus amigos, nem os teus irmãos, nem os parentes, nem os vizinhos ricos”.

Quando deres uma ceia, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos.

Esta segunda parte do Evangelho de hoje nos convida a refletir sobre a vida das nossas comunidades. Os pobres, os cegos, os aleijados, os coxos, representam todas aquelas pessoas que se desgarraram do bom caminho durante a vida.

Concluindo a sua exortação, Jesus afirma: dando acolhida aos que todos rejeitam “serás feliz, porque eles não têm com que te retribuir; mas ser-te-á retribuído na ressurreição dos justos.

Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio.