“Haveria coisa alguma difícil ao Senhor? Ao tempo determinado tornarei a ti por este tempo da vida, e Sara tua esposa terá um filho”.
Gn. 18.14.
Abraão já estava com 99 anos e a promessa do filho herdeiro ainda não havia se cumprido. Vinte e quatro anos havia se passado desde a promessa feita por Deus. As evidências conspiravam contra a esperança do patriarca. Seu nome (Pai de uma grande nação) parecia uma grande contradição e uma negação sonora das promessas divinas.
Sara, sua esposa era estéril, passou a vida toda tentando engravidar. Como não bastasse, já havia entrado no processo de menopausa. Mesmo assim, Abraão creu no Deus que chama a existência as coisas que não existem. Abraão contra a esperança. Não olhou para as circunstâncias, mas para o Deus que está além e acima delas e as controla e dirige. Abraão não entregou os pontos, ele não desistiu de sonhar, de lutar, de esperar em Deus, ainda que contra a esperança.
Olhando por este prisma, aprendemos que a demora de Deus é pedagógica. Deus não está distante nem indiferente quando suas promessas parecem demorar. Ele está no controle. Ele trabalha para aqueles que nele esperam. Aos 100 anos de idade, Abraão e Sara, sua esposa, tiveram o privilégio de tomar em seus braços o filho amado da promessa.
Isaque é seu nome. Com este exemplo, gostaríamos de afirmar que, assim como ocorreu com ele, pode ocorrer conosco. Há momentos na vida em que as circunstâncias parecem arvorarem contra nós. As nuvens densas e tenebrosas escurecem o horizonte da nossa vida. As vozes ameaçadoras dos trovões parecem assustar a nossa alma. Sentimo-nos arrastados por uma tempestade assoladora. Há momentos em que os problemas parecem nos cercar por todos os lados. Sentimos nossas forças se esvaírem, sentimos nosso fôlego titubear. Nessas horas, o coração estremece, a alma geme, o corpo lateja, a fadiga nos abate e somos tentados a desistir da luta, abdicando dos nossos sonhos.
Mas, no mesmo momento em que nos sentimos entrincheirados pelas crises, e pisamos a estrada crivada dos espinhos da adversidade, precisamos nos lembrar que vivemos pela fé. A fé não é orientada por circunstâncias. A fé vê o invisível. A fé crê no impossível. A fé se agarra nas promessas do Deus que não pode falhar. A fé espera contra a esperança. A fé vence o mundo! Portanto, mesmo que agora o cenário da nossa vida pareça cinzento, com prenúncios de perdas irreparáveis, precisamos alçar os nossos olhos ao céu, sabendo que aquele que está assentado na sala de comando do universo é o mesmo que dirige o nosso destino. Ele é galardoador daqueles que o buscam e nele esperam, ainda que, contra a esperança. Ao ler esta mensagem, esperamos que Deus, possa renovar a convicção de cada leitor, no sentido de continuarmos a confiar nas promessas daquele que diferente dos homens, a seu tempo, promete e cumpri o que prometeu. Diz a Bíblia, “Deus não é homem, Para que minta, nem filho do homem para que se arrependa”. Pense nisto.
Deus vos abençoe.
Isaac Ribeiro é pastor evangélico e presidente da Assembleia de Deus (Missão) em Franca.