“Senhor, ensina-me a fazer a tua vontade, pois és o meu Deus; guie-me o teu bom Espírito por terra plana”.
Salmos. 143.10
Uma das grandes perguntas que surge quando o assunto é livre arbítrio é: Por que, mesmo sendo livres e aptos para tomar decisões, muita gente não consegue se acertar na vida?
Se somos livres e, portanto, dotados de intelecto, razão e vontade própria, por que há tanta gente com seríssimos problemas na vida em função de decisões erradas?
Ao escrever sobre este assunto, precisamos reconhecer que nossa vontade, sem a ajuda de alguém para influenciá-la rumo as decisões certas, geralmente não terminam bem. É justamente aqui que, sem medo de errar, afirmamos que precisamos daquele que nos fez para que tenhamos condições de viver uma vida melhor e bem direcionada.
Ao analisar a vontade humana, certamente não queremos dizer que ela determina, com absoluta precisão, o curso da nossa vida. Nós não escolhemos a doença, a dor, a guerra e a pobreza, que espoliam a felicidade do homem. O que na verdade queremos dizer é que vontade humana sem a presença de Deus pode nos enganar.
Dizem as escrituras que enganoso é o coração do homem, mais do que todas as coisas, e perverso, quem o conhecerá? Jeremias. 17.9.
Então diante desta verdade, somos levados a crer e ensinar que a melhor coisa a fazer é nos refugiar em Deus, para fazermos, não a nossa vontade, mas a vontade de Deus.
No versículo que destacamos acima, encontramos o Salmista fazendo uma belíssima oração que vale a pena repeti-la aqui: “Senhor ensina-me a fazer a tua vontade, pois és o meu Deus; guie-me o teu bom Espírito por terra plana. Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração”.
Vejam que o salmista está orando a Deus para que sua vontade seja orientada pela vontade divina. Infelizmente, hoje é comum ouvirmos alguém dizendo que devemos fazer aquilo que desejamos, sem pensar nas consequências, afinal de contas, a vida é curta e devemos aproveitá-la. Isto geralmente não termina bem.
O próprio Jesus, momentos antes de enfrentar o calvário, exclamou ao Pai: “Se possível, passa de mim este cálice. Todavia, faça-se a tua vontade”.
Caros leitores, que nossa vontade seja completamente controlada pela vontade do Pai. Isto se torna plenamente possível na medida que estreitamos nossa relação com Ele através do Espírito Santo. A este respeito, escreveu o apóstolo Paulo: “Não sabeis que sois templo de Deus, e que o Espírito Santo habita em vós?”
Então, ao concluirmos esta reflexão, reafirmamos que, se tivermos o desejo de sermos de fato uma benção para Deus, então devemos aprender a consultar a vontade do Senhor para não corrermos o risco de desejar algo que, ao invés de ser bênção em nossas vidas, venha tornar-se maldição.
Nunca esqueçamos que a vontade do homem, sem a presença de Deus, sempre será baseada na velha natureza, fomentada pelo desejo de pecar. Vamos pensar nisso.
Deus vos abençoe.
Isaac Ribeiro é pastor evangélico e presidente da Assembleia de Deus (Missão) em Franca.