15 de dezembro de 2025
FEMINICÍDIO

Pedreiro é indiciado por espancar namorada até a morte no Jardim São Luiz

Por Kaique Castro | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução/Redes Sociais
Altevir Rocha de Oliveira e Geni Miranda tiveram um relacionamento de pouco mais de 8 meses

O pedreiro Altevir Rocha de Oliveira, de 44 anos, foi indiciado pela Polícia Civil na tarde desta quinta-feira, 23, por feminicídio contra a namorada Geni Miranda, 65, no dia 24 de abril na casa da mulher no Jardim São Luiz. Desde então, o caso era investigado pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Franca.

De acordo com o delegado Márcio Murari, Altevir inicialmente disse aos policiais que a namorada teria sofrido uma queda, mas depois mudou a versão, dizendo que uma pessoa teria invadido a casa de Geni, que fica na rua João Nestor dos Santos.

"Durante as investigações do setor de homicídios, foram ouvidos testemunhas e vizinhos. Com a chegada do laudo necroscópico, constatou que a vítima sofrera violenta agressão física com traumas por todo o corpo. Principalmente, no rosto, tórax, abdômen e braços. Não há dúvidas de que o autor das agressões é o pedreiro", afirmou o delegado.

No dia do crime, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado. A casa onde a vítima morava estava toda revirada. Uma pá de lixo de lata foi encontrada danificada na parte do cabo de madeira. Um extintor de incêndio estava caído, e na parede do cômodo havia sinais do extintor, que foi usado para atingir a aposentada.

A Polícia Civil aguardava o laudo pericial para então ouvir o pedreiro, o que foi feito nesta quinta-feira.

"Durante seu interrogatório, o pedreiro, devidamente acompanhado de seu defensor, disse que tiveram uma discussão por causa de ciúmes da vítima. Ele assumiu que desferiu um soco contra o rosto de Geni, mas que não se lembrava de nada após a agressão, tendo em vista que ambos ingeriram bastante bebida alcoólica no dia", continuou Murari.

Após ser ouvido, o pedreiro foi indiciado por feminicídio e homicídio qualificado. A princípio ele responderá pelo crime em liberdade.

O advogado da família de Geni também esteve na delegacia e levou uma mochila com roupas do pedreiro que ainda estavam na casa da vítima.

Desde o dia da morte de Geni, os familiares suspeitavam de Altevir. Segundo uma das irmãs da vítima, a relação do casal era abusiva, e eles viviam brigando.

Um vizinho também confirmou que o casal brigava muito, e que, inclusive, dias antes da morte, Geni teria pegado um facão para agredir Altevir ou se defender.