A Igreja celebra hoje, na liturgia, a volta de Jesus ao céu. Ele foi preparar um lugar para nós.
Deus é bom e sua misericórdia é eterna. Aprendamos com a Palavra de Deus o sentido desta solenidade.
Primeira Leitura: Atos dos Apóstolos 1.
No final do seu Evangelho, Lucas afirma que o Ressuscitado conduziu os seus discípulos em direção a Betânia e, enquanto os abençoava, separou-se deles e foi arrebatado ao céu. E eles, depois de o terem adorado, voltaram para Jerusalém com grande júbilo.
A narração de Lucas é uma página de teologia, não uma notícia sobre acontecimentos extraída de um jornal. Nesta página nos é ensinado que Jesus atravessou por primeiro o “véu do templo”, que separava o mundo dos homens daquele de Deus, e mostrou que tudo o que acontece na Terra: sofrimentos e até os fatos mais absurdos, como uma morte ignominiosa, não estão fora do projeto de Deus.
Se a ascensão de Jesus é tudo isto, não causa estranheza que os Apóstolos a tenham saudado com grande alegria.
Segunda Leitura: Efésios 1.
Paulo pede a Deus a sabedoria para os seus cristãos. Não se trata de uma sabedoria humana, mas da inteligência para compreender o mistério da Igreja. Embora comprometidos nas atividades desta vida, eles se sentem sempre como estrangeiros à espera que Cristo venha busca-los para ficarem com ele para sempre.
Evangelho: Lucas 24.
Jesus, antes de entrar na glória do Pai, abençoa os seus discípulos.
No Evangelho do domingo passado, Jesus garantia aos apóstolos que lhes enviaria o seu Espírito. Hoje, repete a promessa: “entretanto, permanecei na cidade até que sejais revestidos da força do alto”. Nós temos certeza de que Jesus não nos abandonou, temos certeza de que Ele está conosco sempre e todos os dias; nós acreditamos que Jesus voltou ao Pai e nos enviou o seu Espírito.
Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio.