17 de novembro de 2024
RELIGIÃO

O Bom Pastor

Por Mons. José Geraldo Segantin | especial para o GCN
| Tempo de leitura: 2 min

Jesus é o nosso bom pastor e nós somos suas ovelhas, seu rebanho.

Primeira Leitura: Atos dos Apóstolos 13.
A Liturgia da Palavra começa hoje com um trecho extraído da narrativa da primeira viagem missionária de Paulo e Bernabé. Estes dois apóstolos, num sábado, chegam a Antioquia da Pisídia e, como costumavam fazer, entram numa sinagoga dos judeus e começam a anunciar a Boa Nova de Jesus. A sua mensagem impressiona os ouvintes, que, na semana seguinte, ocorrem mais numerosos ainda. Muitos são tocados pelo chamado de Deus para a conversão e escolhem o caminho da vida. Este fato, porém, contraria bastante os judeus: eles têm a convicção de que as promessas e as bênçãos de Deus são exclusivas do seu povo e não estão dispostos a aceitar que agora a salvação seja oferecida também aos pagãos; por esta razão começaram a insultar os apóstolos e a discutir com Paulo e Bernabé.

Se Jesus e os Apóstolos foram perseguidos, não é de admirar que também em nossos dias os autênticos pregadores do Evangelho não encontrem sossego.

Segunda Leitura: Apocalipse 7.
Quantas dores, quantas angústias, quantas amarguras marcam a vida do homem!

O Vidente do Apocalipse nos convida a pôr fim ao nosso pranto: o Cordeiro, diz-nos ele, abrirá o livro e romperá um a um os selos, isto é, desvendará os mistérios da nossa vida.

Esta página foi escrita para estimular os cristãos perseguidos a perseverar com paciência. Está se realizando neles o que aconteceu a Jesus, o Cordeiro: se o seguirem como se segue um pastor, participarão da sua mesma vitória.       

Evangelho: João 10.
No Evangelho de João, Jesus retoma esta imagem do Antigo Testamento e a aplica a si mesmo. Afirma: “Eu sou o verdadeiro pastor” e com estas palavras confirma ser ele o esperado libertador anunciado pelos profetas, o pastor que conduzirá o povo pelos caminhos da retidão e da fidelidade ao Senhor.

O quarto domingo da Páscoa é conhecido como o “domingo do Bom Pastor”.

Jesus não se apresenta como aquele que acaricia com ternura a ovelha ferida, mas como um homem enérgico, robusto e decidido que luta contra os bandidos e contra os animais selvagens.

Como alguém se torna membro do rebanho que segue a Jesus?

O Evangelho deste dia nos revela que a iniciativa de segui-lo não é nossa; é Ele quem nos chama: as minhas ovelhas escutam a minha voz e eu as conheço e elas me seguem.

Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio.