27 de dezembro de 2024
RELIGIÃO

Domingo da Páscoa

Por Mon. José Geraldo Segantin | especial para o GCN
| Tempo de leitura: 2 min

A celebração desse dia é plena de alegria e esperança. Jesus Cristo é o vencedor da Morte.  Ele rompeu as barreiras do tempo e do espaço. Ele é um convite à nossa ressurreição.

Meditemos sobre a Palavra de Deus.

Primeira Leitura: Atos dos Apóstolos 10.
Esta leitura é tirada de um dos discursos de Pedro. Ele, falando a um grupo de pagãos, resume em poucas palavras a mensagem cristã.

Antes de tudo, relembra os momentos principais da vida de Jesus.

O segundo ponto narra o que os judeus fizeram a este enviado de Deus: mataram-no, pregando-o numa cruz.

O terceiro ponto: diante desta maldade humana, como Deus reagiu? Ele, diz Pedro, não podia abandonar o seu “Servo” fiel nas mãos da morte. Por isto o ressuscitou.

Por fim, fala da missão dos discípulos: eles são testemunhas destes fatos.

Esta leitura é, antes de tudo, um convite a tomar consciência da verdade fundamental da nossa fé: a ressurreição de Cristo.

Segunda leitura: Colossenses 3.
Ao escrever aos cristãos de Colossos, Paulo lhes recorda que no dia do Batismo eles nasceram para uma vida nova, vida que tem sua plena realização, não neste mundo, mas no mundo de Deus.

A fé, neste mundo, é o que distingue os crentes dos ateus. Os ateus de fato julgam que o homem, contando unicamente com suas forças, consegue salvar-se e pensam que a salvação se consegue este mundo.

Paulo não diz que os cristãos não se interessam pelas coisas deste mundo. Eles trabalham e se ocupam como os outros. Todavia têm a plena convicção de que a plenitude da vida não pode ser alcançada aqui.

Evangelho: João 20.
Tudo é silêncio na terra, imobilidade, calma, enquanto uma mulher, sozinha e assustada, anda na escuridão da noite.

Também hoje no mundo existem regiões e situações nas quais a morte domina absoluta e o silêncio comemora a sua vitória. O poder, o princípio da força, a discriminação, a injustiça, o fermento da astúcia, parecem por vezes esmagar definitivamente as forças da vida e o homem se sente como que retraído e inerte diante do triunfo do mal.

Há quem pense que o dom da própria vida seja somente morte, renúncia, destruição de si mesmo. Outros, ao contrário, compreendem que uma vida consagrada aos irmãos, como fez Jesus, não termina com a morte, mas se abre para a plenitude da vida em Deus.

Monsenhor José Geraldo Segantin é reitor do Santuário Diocesano de Santo Antônio.