Morreu às 16h20 deste domingo, 20, aos 79 anos, o advogado Benedito Manoel Pereira, muito conhecido também como 'Tim da Farmácia'. Benedito estava internado desde o dia 14 de fevereiro no Hospital Regional de Franca por conta de um AVC. Morreu na tarde deste domingo uma piora em seu estado de saúde.
Benedito nasceu em São Sebastião do Oeste, em Minas Gerais, no dia 9 de março de 1943. Perdeu o pai em seus primeiros anos de vida, o que o forçou a começar a trabalhar ainda criança. Aos sete anos de idade, vendia leite para ajudar sua mãe a sustentar suas cinco irmãs mais novas. Mais tarde, em busca de uma oportunidade de trabalho, ele e a família se mudaram para Franca.
Ao longo dos anos, Tim trabalhou em diferentes áreas, sempre buscando cursos que melhorassem sua qualificação. Benedito foi chaveiro, operário na Samello, mecânico, teve sua própria oficina de máquinas, trabalhou em uma farmácia e atuou também como advogado, seu último ofício e o que e o que exerceu por mais tempo.
Pereira concluiu três cursos de nível superior: Direito, Contabilidade e Administração.
Além de uma longa lista de empregos e formações, Tim também teve um longo casamento com sua mulher, Maria Helena Bortolato Pereira. Foram 55 anos de união, até setembro de 2021, quando Maria faleceu. O advogado deixa quatro filhos: Daniel, Nilton, Denilson e Renata, além de sete netos.
Mesmo com tanto trabalho e estudos, ainda sobrava tempo para o futebol na vida de Pereira. “Ele era fanático pela Francana. Um dia emprestei para ele um livro com a história do time e depois não consegui pegar de volta para ler. O Tim era tão apaixonado pelo time que ficou com o livro, mesmo que eu falasse que ainda não tinha lido. Acho essa história bem engraçada”, relembra Iraci Procópio Bortolato, nora de Benedito.
“Ele não deixou herança, deixou um legado. O que eu ficava sempre muito admirada com meu sogro era por sua parte ética. Ele não deixava sair desse caminho, tinha seus princípios, era isso e acabou, não desviava de seu caminho. Sempre foi muito correto, atencioso e comunicativo”, conta Iraci.
“O legado dele é algo que nos deixa muito orgulhosos. Ele viveu e passou tanta coisa para gente que é até difícil de mensurar isso tudo. Seja como homem, pai e mestre, ele deixou muito para nós. Honesto a toda prova, nunca precisou pegar nada de ninguém. Tudo que ele construiu foi com os próprios esforços desde quando tinha 7 anos de idade”, diz Daniel Bortolato, filho de Tim.
'Tim da Farmácia' será velado nesta segunda-feira, 21, das 12h às 16h, no Memorial Nova Franca. Seu sepultamento acontecerá logo após no cemitério Jardim das Oliveiras, onde, segundo a família, escolheu ser sepultado, pois tinha o sonho de ser enterrado junto à sua falecida mãe.