Décadas atrás quando ouvíamos músicas do cantor Silvio Brito que dizia “pare o mundo que eu quero descer”, “todo mundo louco oba” dentre outras frases de efeito, não imaginávamos que viveríamos para assistir a tudo isso que está ocorrendo nos dias atuais.
Com o passar dos tempos, estudando, analisando, vivenciando e pesquisando, percebemos que muitas coisas estão erradas no sistema de vida em sociedade. Assim, começamos a trabalhar em nossa tese para uma nova forma de vida social. Quando comentamos tal empreitada, muitos nos criticam afirmando ser uma utopia. Também achamos que é uma utopia, mas quem não sonha, não acredita que há outras formas e maneiras de conseguirmos viver em harmonia nesse nosso “planetinha” chamado Terra? Muitas pessoas não possuem a criatividade de buscar saídas para os problemas atuais, somente aceitando o “domínio” que está aí, enraizado há séculos, sem que ninguém tenha a coragem e a ousadia de tentar, pelo menos, colocar novas idéias. Assim a maioria se submete a tais regras que privilegiam os detentores do Poder, que, basta analisar pra verificar que em sua maioria passa de pai para filho.
Será que não há alternativas ou opções que possam mudar a forma, a base estrutural que molda o mundo atual? Pois de nada adianta falarmos em democracia se atualmente não se respeita nem a vontade da maioria, quanto menos ainda se respeita as minorias, mesmo quando muito próximas percentualmente. Será que não temos nessa etapa da vida na Terra pensadores que possam trazer algumas idéias que somadas possam nos trazer uma forma digna e ética de se viver? Será que nossa geração é incapaz de produzir alguns estudos e teses para minimizar as agruras e a volúpia de se ganhar cada dia mais e se mostrar superior aos outros não pela capacidade e forma de vida, mas sim pelas aparências e capacidade de adquirir coisas supérfluas, que de nada valem para o crescimento interior? A resposta é simples, temos sim seres verdadeiramente humanos com tal capacidade de ver a vida em sociedade de forma diferente, porém a estrutura que aí está enraizada, somada a grande ignorância que ainda predomina na maioria dos cidadãos, pois não recebem educação de qualidade para decidirem por si só, não deixam e não deixaram que mudanças simples e necessárias lhes retirem a dominação sobre a maioria, mesmo que seja através de mentiras, de dados falsos e manipulados, através da imputação do medo, do terror etc.
Hoje, caros amigos leitores, nós, cidadãos, não possuímos mais o poder decisório sobre nossas vidas, tudo nos foi retirado, quem decide por nós são os chamados “nossos representantes”, que se intitulam superiores a nós e, assim sendo, somente eles decidem o que é bom e o que é ruim, o que podemos fazer ou deixar de fazer, o que podemos ter ou deixar de ter, o que temos que pagar ao Estado para manter os privilégios dessa pequena casta social etc.
Enfim, se pudéssemos, tal como na música, puxaríamos o cordão da campainha e pediríamos que o condutor do Planeta Terra, desse uma paradinha para que pudéssemos descer e seguir por outro caminho, onde prevalecesse principalmente o amor, a fraternidade, a convivência harmoniosa, o respeito, a ética e, principalmente, onde não fizéssemos aos outros aquilo que não gostaríamos que fizessem pra nós.
Toninho Menezes – Advogado – Professor Universitário
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