24 de dezembro de 2025
LUTO

Familiares e amigos de profissão se despedem do radialista Verzola

Por N. Fradique | da Redação
| Tempo de leitura: 4 min
Dirceu Garcia/GCN
Velório do radialista Verzola ocorreu no plenário da Câmara: último adeus

Amigos e familiares passaram pelo plenário da Câmara Municipal de Franca para se despedirem do radialista Paulo Roberto Verzola, que morreu por volta das 5 horas da madrugada desta quinta-feira, 1º. O velório ocorreu das 12 às 16h, e logo em seguida seu corpo foi sepultado no Cemitério da Saudade.

Amigos de profissão se despediram do radialista, que deixa uma folha de mais de 50 anos de serviços prestados à categoria e também relevante participação junto à população através de campanhas em seus programas de rádio ao longo de sua carreira.

“O Verzola foi padrinho do meu filho (Kelven) e curiosamente foi internado no dia 4 de julho, dia do aniversário do Kelven. Tínhamos uma amizade de muitos anos. Trabalhamos juntos na Difusora, também na rádio Imperador. Vivemos grandes momentos com transmissões de futebol, ações que ele promovia”, lembrou Renato Valim de Melo, que trabalhou muito tempo como repórter esportivo na cidade.

“Lamentamos com muito pesar o passamento do Verzola. Estou muito triste, porque Verzola não é um simples amigo e um colega de profissão que a gente tinha, ele era um irmão. Eu comecei um pouquinho depois dele no rádio, há 54 anos. Hoje é meu coração que fala: estou muito triste”, disse Antonio Carlos Fernandes, o conhecido Xaropinho, presidente da AIRTF (Associação de Imprensa, Rádio e Televisão de Franca).

“Vivemos várias e várias jornadas esportivas juntos e nas várias promoções que ele fazia. Estávamos sempre um ao lado do outro. Mas fazer o quê?. A vida é assim. Ela nos dá a tristeza e a alegria no mesmo dia. Deus quis que ele fosse embora no dia de Santa Teresinha. Ele que era muito católico”, lembrou Jovassi Corrêa Dias, locutor esportivo.

“Me lembro das viagens que fazíamos. Nós somos compadres também. Eu sou padrinho do Lucas (Verzola) e a tristeza é grande, mas nada é eterno, tem a hora para nascer e a hora para partir. A hora dele chegou e ele parte com glórias. Ele abria o microfone para as pessoas necessitadas e em poucos minutos conseguia cadeiras de rodas, perna mecânicas, e tantas coisas que pediam para ele. Agora ele está na casa do Pai”, disse Ibirá de Carvalho, que trabalhou muitos anos como comentarista esportivo nas emissoras de Franca.

“Foi com muita tristeza que recebemos a notícia do falecimento do Verzola. Nós trabalhamos juntos muito tempo, muitos anos. Que Deus o tenha. Ficam as boas lembranças”, falou o radialista bastante popular Zé Rasteiro.

Rosinha Aylon, líder do Berçário Dona Nina, falou em nome das entidades, já que Verzola realizava também um trabalho junto à creche “Ângelo Verzola”, por décadas. “Queria destacar o quanto o Verzola apoiou as entidades. Não só a deles, mas todas as entidades que precisavam de apoio ele estava presente. O Berçário Dona Nina deseja, que nessa jornada dele, ele seja sereno e que toda sua família recebe nossos sentimentos”.

O advogado e ex-radialista Theo Maia, que interviu para que o velório de Verzola fosse na Câmara Municipal, destacou o papel do comunicador junto à sociedade. “Quantas cadeiras de rodas fizeram com que as pessoas tivessem uma qualidade de vida melhor nessa cidade? Quantas pernas mecânicas? Quantas cestas básicas, quantos cobertores, quanta assistência social conseguiu reunir? Verzola tem uma história marcada pelo cuidado com o próximo”.

O jornalista, radialista e vereador Corrêa Neves Jr. destacou: “Existem bons profissionais que a imprensa francana formou, que o rádio francano formou, mas tem alguns que estão em outro patamar, são diferentes, e Franca perde um deles, que é o Verzola. Ele tinha um viés de assistência com as campanhas para arrecadar fraldas, cadeiras de rodas e outras coisas que a população precisava. Isso num tempo que a assistência social não era tão estendida como é hoje, com tantas ONGs. O SUS, que a gente critica tanto, mas tem muito mérito. Ele fez tudo isso e a gente lamenta muito a partida dele. Ele era um grande profissional”.

 

Queda doméstica

Paulo Roberto Verzola, de 73 anos, sofreu uma queda em sua casa no dia 4 de julho e, desde então, vinha tentando se recuperar, após um trauma na cabeça.

Após o acidente doméstico, o radialista passou por uma cirurgia na cabeça, entrando em coma, ficando internado por 37 dias. Ele foi liberado para se recuperar em casa. Depois disso, voltou ao hospital por duas vezes para conter febre e ser medicado por conta de uma infecção bacteriana. Verzola morreu em casa.