26 de dezembro de 2025
DESPEDIDA

Aos 89 anos, morre a escrivã Nalide Gatto Martins


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De forte espiritualidade, Nalide foi presença marcante na paróquia Nossa Senhora das Graças

Morreu na última quarta-feira, 19, aos 89 anos, a conhecidíssima Nalide Gatto Martins, que durante 33 anos foi escrivã do 1º Cartório de Registro Civil de Franca, até se aposentar em março deste ano. Natural de Dracena, SP, Nalide era formada em Direito e antes de vir para Franca exercia a mesma função no cartório de sua cidade natal.

Por conta do seu trabalho, Nalide se tornou bastante conhecida pelos francanos. Segundo Emerson Acosta, amigo pessoal e companheiro de trabalho, essa fama se deu pela forma como ela tratava os clientes. "A marca registrada dela era sempre dar o melhor para os nossos clientes. Fazia questão de atender bem todas as pessoas que viessem aqui. Sem distinção, seja rico ou pobre, calmo ou nervoso. O atendimento era o mesmo. Procurava dar o melhor".

O amigo ressalta a importância dela no dia a dia do cartório, onde entrou em 1987 e ficou até o início de 2020. "Era uma ótima pessoa. Num termo popular, ela era como uma mãe para nós. Ela tinha o pulso firme, sempre enérgica como escrivã, mas ela sempre queria o melhor para cada um dos funcionários. Nós só temos o que agradecer tudo que ela fez por nós".

Além da forte presença no trabalho, Nalide foi também uma grande representante na paróquia Nossa Senhora das Graças. Lá, durante anos, foi catequista junto a seu marido, Manoel dos Santos Martins Filho. “Outro aspecto fundamental que ajudou muito foi a espiritualidade dela. Uma pessoa católica. Fazia questão de todos os dias ir a missa na Nossa Senhora das Graças. Então ela tinha essa presença de Deus no coração dela. Ela tinha já essa personalidade marcante de estar ajudando o próximo", afirmou Emerson.

Emerson ainda lembra da importância da escrivã na vida dele, que a conhecia desde seus dez anos. "Foi uma notícia que nos deixou chateados. Particularmente, comigo, ela me ajudou bastante. Ela me trouxe de lá. Ela até cedeu um quarto na cada dela quando vim para trabalhar a convite dela, em 1990. Depois me mudei para Franca. Me adaptei aqui. Trouxe minha mãe e até meus irmãos. E aí construí minha vida aqui, casei, tive filhos", contou. Tudo, em grande parte, só fo possível graças ao convite inicial de Nalide.

A escrivã deixa o marido Manoel, além da filha Adriana e netos.