O prefeito Gilson de Souza (DEM) rebateu as críticas que o presidente da Acif (Associação da Indústria e do Comércio de Franca), Tarcísio Botto, fez à forma como a Prefeitura vem conduzindo as ações contra o coronavírus. Gilson disse que Botto mistura política com a pandemia e sugeriu que a entidade compre leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para pacientes do Covid-19.
A afirmação do prefeito foi feita durante live da Prefeitura, transmitida na tarde desta sexta-feira, 17, nas redes sociais. Gilson destacou que a responsabilidade de criar leitos de UTI é do Governo do Estado, não do município.
“Eu queria fazer uma recomendação ao presidente da Acif, porque ele traz uma fala – politicamente falando – muito maldosa, tentando passar responsabilidade de leito de UTI para mim”, acusou o prefeito.
Em seguida, Gilson sugeriu a compra de leitos pela associação. “Eu queria dizer ao presidente que a Acif tem muito dinheiro e que ele poderia comprar um pouco de leitos de UTI para seus associados, porque a Acif tem seus associados que precisam neste momento que a instituição possa estar junto, não só a Prefeitura, como a instituição e todas elas”, sugeriu o prefeito.
Na sequência, pediu união. “Esse momento que estamos vivendo é um momento de união, precisamos estar mais pertos, mais juntos, mais unidos, porque a doença já é forte e, se a gente estiver misturando a política no momento da doença, não é o caminho”, afirmou Gilson.
Para defender a tese de que a responsabilidade de instalar novos leitos de UTI é do Estado, o prefeito apresentou dados de hoje. Segundo ele, nesta sexta-feira, há 15 pessoas internadas em leitos de UTI públicos em Franca, sendo cinco pacientes da cidade e 10 de municípios da região.
“Nós estamos atendendo a região de Minas (Gerais) e os 23 municípios (da região de Saúde).” Na verdade, são 22 incluindo Franca.
Durante a live, o assessor de políticas públicas da Saúde, Luiz Vergara, falou sobre a compra de 10 leitos de UTI Covid Adulto, no valor de R$ 1,4 milhão, da Santa Casa pela Prefeitura e a secretária de Finanças, Tânia Bertholino, esclareceu como são os gastos do município durante a pandemia, rebatendo áudio que circulou pelas redes sociais.