24 de dezembro de 2024

Futebol e violência!


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Todos nós sabemos o quanto o futebol é apaixonante! Porém a última rodada do campeonato brasileiro de 2019 nos mostrou um desfecho melancólico, quando torcedores do Cruzeiro, não aceitando o rebaixamento de sua equipe para a série B, promoveu “quebra-quebra”, violência e vandalismo. A verdade que nos parece é a de que ainda não estamos preparados para estabelecer e viver em um padrão de convivência civilizada, seja no ambiente esportivo, em shows, manifestações etc.

As cenas de violência na rodada final entre Cruzeiro e Palmeiras ficaram bem marcadas, mas não podemos nos esquecer que durante todo o campeonato tivemos espetáculos de violência em todas as rodadas. Apenas para relembrar, podemos citar: os torcedores flamenguistas e botafoguenses, que trocaram socos e pontapés por ocasião do jogo do dia 7/11 no Engenhão; os torcedores do Fluminense, que invadiram o centro de treinamento do clube em setembro; do Palmeiras, que perseguiram companheiros por motivos fúteis; em 10/11, Atleticanos e Cruzeirenses atiraram objetos entre si em um caso gritante de injúria racial; dentre outros que poderiam ser aqui citados. Para nós que amamos o futebol, o campeonato de 2019 será lembrado como mais um ano em que todas as torcidas perderam. Se por um lado as mortes nos estádios diminuíram, por outro a violência só tem aumentado. o que afasta as pessoas de bem de freqüentarem os espetáculos esportivos.

O mais grave é que os locais de violência esportiva não se restringem aos estádios, pois segundo pesquisas mais de 90% dos conflitos ocorrem fora dos estádios, nas proximidades, nos metrôs, nos ônibus, nos centros de treinamentos. Além de várias ocorrências de hostilidade a atletas em seus momentos de folga com a família etc.

Enfim, dessa forma cada dia mais os verdadeiros torcedores se afastam dos estádios, pois os grupos agressivos confundem o que seja adversário e inimigo e competição com agressão. E a maioria dos violentos não são adequadamente punidos, continuando a delinqüir!

Dispensa de licitação

O Plenário do Senado aprovou no último dia 11 a proposta que permite a dispensa. Para nós, operadores do direito, havia a necessidade de se colocar um ponto final em tal questão, bastando a comprovação de notória especialização.

Muitos de nós que operamos na área pública, ficávamos inseguros em ser contratados, pois poderia nos trazer problemas e em processo licitatório de menor preço nem sempre o mais qualificado se sagrava vencedor da licitação.


Toninho Menezes
Advogado e Professor Universitário
toninhomenezes16@gmail.com