Com o plenário completamente lotado, a Câmara Municipal de Franca discutiu a renovação do contrato de concessão do transporte público entre a empresa São José e a Prefeitura. A sessão da parte da manhã desta terça-feira, 11, foi agitada e cercada de muita polêmica.
O Projeto de Lei enviado pelo poder executivo está na pauta para ser votado na parte da tarde da sessão desta terça-feira. No entanto, as comissões permanentes de Legislação, Justiça e Redação e de Finanças emitiram parecer contrário à matéria no último dia 7. Com isso, o parecer negativo terá que ser votado antes e, se acatado pela maioria dos parlamentares, o projeto não seria apreciado pela Casa de Leis, sendo reencaminhado ao prefeito Gilson de Souza (DEM).
A sessão começou com Nilton Colmanetti, presidente do Observatório Social do Brasil, discursando na tribuna pedindo uma posição dos vereadores. “Não temos qualquer preferência a qual será destinada a prestação dos serviços públicos. Mas um contrato de tanta importância, acreditamos que seria dispensado uma atenção do seu tamanho. O Observatório Social de Franca é favorável a manifestação desse legislativo sobre aprovação ou não, sendo uma obrigação do poder público seja ele em que esfera for”, disse Colmanetti.
Em seguida, o cirurgião dentista Douglas Lemos Damasceno, usou a Tribuna com o seguinte discurso. “Deveríamos continuar com o contrato atual. Pra não correr risco e uma mudança brusca pode não dar certo. Penso que o povo não deve perder seus direitos, o que poderia ocorrer com a vinda de uma outra empresa”, disse. Douglas disse que não estava representando nenhuma instituição ou a empresa, apenas falando como cidadão.
Também usou a Tribuna o presidente do Sindicato dos Motoristas de Ônibus do Município de Franca, Geraldo Xavier. “Estou preocupado com o trabalhador que pode perder o emprego e com o povo que pode ficar sem transporte. Se não for renovado o contrato poderá haver uma greve na cidade”, disse.
O contrato de concessão da São José com a Prefeitura expira no final deste mês.