03 de outubro de 2024
SETOR CALÇADISTA

Doria descarta guerra fiscal: 'não vamos fazer redução de impostos'


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Gilson conversa com Doria nos corredores da Francal

O governador João Doria (PSDB) fez uma visita de 45 minutos a Francal na tarde desta segunda-feira. O primeiro compromisso foi uma reunião com diretores da feira e empresários, onde ouviu pleitos do setor calçadista. Ele também visitou os estandes coletivos de Birigui e de Franca.

Doria não anunciou nenhuma medida prática para o setor e afirmou que não entrará na guerra fiscal com Minas Gerais e com os estados do Nordeste, que estão atraindo empresas francanas por conta dos incentivos oferecidos.

O governador acredita que o setor calçadista será beneficiado pela eventual reforma da previdência, que ele acredita estar aprovada até agosto. “A perspectiva de aprovação da reforma é um grande indicador para o País, primeiro, porque proporciona uma economia de quase R$1 trilhão ao longo dos próximos dez anos e abre as comportas do País para investimentos internacionais, o que significa emprego e renda”.

No âmbito do Estado, Doria afirmou que o governo vai incentivar os 11 polos de desenvolvimento criados no Estado, sendo três produtores de calçados. “Estas regiões, terão melhor qualificação de mão-de-obra, velocidade na aprovação de processos, financiamentos através do programa Desenvolve São Paulo e facilitação junto a mercados internacionais”.

A exemplo do que já havia dito durante a campanha eleitoral, o governador disse que o Estado não entrará na guerra fiscal para que as empresas calçadistas de São Paulo possam aumentar a competitividade com outros Estados. “Vou falar com toda a clareza: não vamos fazer redução de impostos. Vamos melhorar a eficiência para que o setor produtivo possa ter melhor qualidade, mais agilidade, menos burocracia e capacidade de exportação. Guerra fiscal é briga inócua e São Paulo não vai fazer isto e não precisa”.

Doria disse que o Estado vai investir no sistema ferroviário e que privatizará a hidrovia Tietê-Paraná. “Vamos eliminar burocracia e dificuldades e oferecer créditos subsidiados. Acreditamos que estas medidas são melhores do que a opção de ficar apenas reduzindo impostos”.