23 de dezembro de 2025

Garça-moura


| Tempo de leitura: 1 min

Conhecida no Brasil também como maguari, socó-de-penacho, baguari, mauari, garça-parda, socó-grande, garça-morena e joão-grande, a garça-moura é a maior do Brasil, com envergadura de 1,80 m. Como já explicamos aqui, envergadura é a medida da ponta de uma asa a outra.

Ela é um animal geralmente solitário. Mas quando entra no período reprodutivo, busca companhia. Ainda assim, mantém-se isolada durante a busca por alimentos. Seus voos, além de solitários, são em linha reta, com lentas batidas ritmadas de asas, muito características. Sua voz lembra um forte “rrab rrab rrab”.

A plumagem se distingue pelo pequeno tufo de penas brancas na base do pescoço. No período de reprodução há maior contraste do branco com o dorso acinzentado e os lados escuros da barriga. Também nesta época aumenta ao redor dos olhos a coloração azulada. O bico fica mais amarelo.

Garças costumam ficar pousadas nas margens dos rios e riachos, em meio à vegetação, pescando peixes, sapos, rãs, pererecas, caranguejos, moluscos e pequenos répteis. Capturam presas de lugares mais fundos, que outras garças não conseguem alcançar.

O período em que preparam os ninhos e chocam os ovos, é longo, vai de janeiro a outubro, desde o meio da estação de cheia até a baixa das águas. As garças ocupam então grandes ninhais coletivos. Seus ninhos geralmente são construídos na parte superior e externa das árvores mais altas. Ali nascem 3 ou 4 filhotes por ninhada, cuidada pelo casal.

Seu habitat são beiras de lagos de água doce, rios, estuários, manguezais e alagados.

Maior representante da família no Brasil, a espécie está presente em todo o País, podendo ser encontrada também do Panamá ao Chile e Argentina, e nas Ilhas Malvinas.