O mais recente caso de “gato” no futebol brasileiro acabou beneficiando o Batatais, que conquistou a vaga para disputar a final da Copa São Paulo de Futebol Júnior contra o Corinthians, nesta quarta-feira, 25. No domingo, 22, o Fantasma foi derrotado pelo Paulista por 5 a 1, na semifinal da competição. A sorte do Batatinha virou nesta segunda, quando o TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) puniu o Paulista, com sua exclusão do campeonato, após a denúncia do próprio Batatais de que o time de Jundiaí disputou a partida com um “gato” – jogador que mentiu a idade para menos, para poder participar da competição.
Veja este e outros nove casos de “gato” no futebol brasileiro:
2017 – Brendon Matheus – Paulista (SP)
O zagueiro, cujo nome verdadeiro é Heltton Matheus Cardoso Rodrigues, foi registrado na Federação Paulista de Futebol com data de nascimento de 1997, mas teria nascido em 1994. A adulteração na identidade no jogador teria sido feita para ele poder disputar a Copa São Paulo de Futebol Júnior, que permite apenas atletas nascidos entre 1997 e 2001.
2014 – Fernando Baiano – Internacional (RS)
O meia aparecia como uma das principais promessas do clube de Porto Alegre em 2014. Mas o próprio confessou que utilizava os documentos do irmão, que naquele ano, tinha 19 anos. Fernando, na verdade, se chama Fábio e nasceu em 1990.
2012 – Maxwell – Flamengo
Campeão brasileiro pelo Flamengo em 2009, ele retornou ao clube em 2012 e confessou que na verdade não se chamava Jorbison e que era dois anos mais velho. Sua verdadeira identidade era Maxwell Batista da Silva, nascido em 23 de outubro de 1989, e não Jorbison Reis dos Santos, de 30 de dezembro de 1991.
2008 – Leandro Lima – Porto (Portugal)
O jogador teve sua falsa idade descoberta quando jogava na Europa. A adulteração, porém, ocorreu antes mesmo da carreira profissional. Um empresário teria orientado o jogador, então com 19 anos, a adulterar a identidade em dois anos. Ele, então, mudou a data de nascimento de 1985 para 1987 e trocou de nome: George Leandro Abreu de Lima para Luis Leandro Abreu de Lima.
2006 – Emerson Sheik – Al Sadd (Catar)
Uma das estrelas do Corinthians e do Flamengo, o jogador foi pego quando jogava no Oriente Médio. Sheik mudou até o nome. Quando ainda estava na base do São Paulo, Marcio Passos de Albuquerque, nascido em 6 de dezembro de 1978, falsificou sua certidão de nascimento e passou a se chamar Marcio Emerson Passos, com nascimento em 6 de setembro de 1981.
2006 – Carlos Alberto – Figueirense (SC)
Destaque do clube catarinense, o jogador falsificou sua idade em cinco anos. Seu documento dizia, na época, que ele tinha 23 anos, quando sua idade real era 28 anos. A certidão falsa era de uma cidade fluminense que não existe. Carlos Alberto confessou a fraude.
2003 – Elkeson – Vitória
O “gato” foi descoberto ainda quando disputava as categorias de base do time baiano. A certidão de nascimento mostrava que Elkeson havia nascido em 1991 e teria 12 anos à época. O jogador, porém, tinha 14 anos. Ele confessou que nasceu em 1989 e que um “professor” teria adulterado sua certidão.
2000 – Rodrigo Gral – Grêmio
Cotado para disputar os Jogos Olímpicos de Sidney pela seleção brasileira, o jogador que defendia o Grêmio, na época, procurou a diretoria do clube e confessou que sua certidão estava adulterada em dois anos. Nascido em 1977, o documento mostrava 1979.
2000 – Vanderlei Luxemburgo – Seleção Brasileira
O “gato” foi descoberto quando ele treinava a seleção. Antes Wanderley com W e Y foi indiciado pela Polícia Federal, após a descoberta da falsa. Nascido em 1952, usava documento de 1955. O caso custou o comando da seleção ao treinador, que acabou demitido.
1999 – Sandro Hiroshi – São Paulo
O jogador foi vice-artilheiro do Campeonato Paulista de 1999, pelo Rio Branco (SP). Ele foi contratado pelo São Paulo e, na disputa do Brasileirão do mesmo ano, o “gato” foi descoberto. Hiroshi mentia ter nascido em 1980, mas, na verdade, era um ano mais velho.