‘Deistá que não há como um dia atrás do outro’, diz a mulher idosa que enrola seu cigarro de palha sem saber que acaba de repetir o pensamento de um grego muito antigo. ‘Isso é pra mode a gente não desacoçoá, madrinha sempre fala’, responde a jovem ligeira que varre o chão batido com certa fúria engraçada. ‘Destamanho nunca tinha visto por aqui’, avalia o pescador exagerado e meio surdo, peixe ainda no anzol, passo estacado no meio do aclive-‘ hein?’