A indústria de calçados Carmen Steffens, que está no meio de uma polêmica com o Sindicato dos Sapateiros para a redução salarial de funcionários, esclareceu em publicação no Comércio da Franca, deste domingo, 14, o motivo pelo corte, o momento vivido pela empresa e negou que tenha força funcionários a protestarem contra a entidade.
Em uma página, a empresa alega que tem três mil colaboradores diretos e indiretos e disse que para evitar a demissão de 200 funcionários, a alternativa era a mais viável. “Nos últimos 16 meses, a empresa adotou várias medidas: não aumentou preços dos produtos, mesmo com o aumento da matéria prima, antecipou a produção de coleções, para que nossa mão de obra não ficasse ociosa, mantendo empregos”, disse.
A Carmem Steffens também afirmou que ainda não havia demitido funcionários. “A empresa contratou mais funcionários do que demitiu, tendo saldo positivo”.
A direção da indústria explicou sobre as negociações com o Sindicato e apontou a intransigência. “O sindicato não realizou nenhuma votação”.
A empresa negou que tenha interferido para os seus funcionários participarem da manifestação. “A empresa não tem qualquer participação. Eles apenas estão lutando por seus empregos e cobrando do sindicato a oportunidade para se manifestarem”, diz o texto.
Sobre a posição do sindicato na semana passada, que atacou a empresa, a Carmen Steffens afirmou que irá tomar medidas judiciais. “A empresa não cometeu qualquer irregularidade, não coagiu qualquer pessoa a qualquer situação, e tal calunia, além de injurias e difamação sofridas, serão adotas as medidas legais e penais cabíveis”.
A Carmen Steffens também garantiu que não está em crise. “Em nenhum momento das negociações, a empresa alegou que estaria em crise, a crise foi citada sim, mas com relação ao mercado, e que dificuldades existem para todos. O que existe é uma redução de produção, pela antecipação de produção nos últimos 16 meses, motivo este que precisa reduzir o seu quadro de funcionários, o que vem tentando evitar”, disse.
Na semana passada o Sindicato dos Sapateiros havia acusado a empresa de diversas irregularidades.