19 de dezembro de 2025

Médico acusado de abuso sexual durante endoscopia responderá em liberdade


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Ricardo Aranha de Magalhães, de 35 anos, é acusado de estupro

Um médico suspeito de abusar de pacientes enquanto realizava exames de endoscopia foi solto e responderá ao processo em liberdade.

O primeiro inquérito aberto para investigar Ricardo Aranha de Magalhães, de 35 anos, foi iniciado em 2014. Três mulheres, sendo que duas delas são mãe e filha, acusaram o médico de abusar sexualmente delas durante um exame de endoscopia, em Governador Valadares, Minas Gerais. As investigações não continuaram, segundo a delegada Adeliana Xavier, por falta de provas.

A situação do médico teve uma reviravolta em 15 de junho deste ano, quando uma jovem de 25 anos denunciou Ricardo pelo mesmo crime. A vítima contou que ao chegar em casa, após o exame, percebeu um ferimento na vagina. Rapidamente o exame de corpo de delito foi realizado e constatou que houve violência sexual. Adeliana informou ao site G1, que a rapidez no exame de corpo de delito foi decisiva para pedir a prisão de Ricardo.

Após a denúncia feita pela jovem, outras duas mulheres também acusaram o médico do mesmo crime. O suspeito, porém, ficou preso apenas 19 dias. A defesa de Ricardo afirmou no pedido de habeas corpus que o médico tem residência fixa e que é réu primário.

O suspeito está livre desde 5 de julho e a defesa de Ricardo alega que o médico não pretende voltar à clínica até que o processo esteja encerrado. Adeliana esclarece que tanto Ricardo, quanto uma auxiliar de enfermagem, que estaria presente nos exames das vítimas de abuso, responderão por estupro de vulnerável, uma vez que as mulheres estavam dopadas no momento da violência. Além da denúncia de que estava presente durante os crimes, duas das vítimas apontam que a auxiliar também teria cometido abusos contra elas.

“O médico afirma que o tempo todo a auxiliar esteve na sala, e ela diz isso também. Porém, partes dos depoimentos deles se contradizem. Em relação à primeira vítima, que denunciou neste ano [jovem de 25 anos], o médico disse que a paciente caiu da maca, mas a auxiliar de enfermagem afirma que não houve queda. Mas ambos negam as acusações”, declara a delegada. A enfermeira também responde ao processo em liberdade.