24 de dezembro de 2025

Acusada de fingir ser negra, ativista americana renuncia a cargo


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Fotos do “antes e depois” divulgadas pelos pais de Rachel

Rachel Dolezal, líder ativista e presidente da filialda Associação NAACP na cidade de Spokane, estado de Washington, que defende direitos de minorias étnicas nos Estados Unidos, renunciou a seu cargo na tarde desta segunda-feira, dia 15, em meio à acusações de ser branca e tentar se passar por uma mulher afro-americana.

“Esperei em deferência, enquanto outros expressaram seus sentimentos, crenças, confusões e até mesmo conclusões, sem conhecer a história completa”, diz Dolezal no comunicado oficial. “Estou empenhada em capacitar vozes marginalizadas e acredito que muitos indivíduos têm ouvido nas últimas horas - indivíduos que não teriam uma plataforma para se manifestar nas nossas discussões”.

A polêmica ganhou força quando os pais biológicos de Dolezal anunciaram na imprensa que a filha é branca e divulgaram uma foto de quando ela era criança, bastante diferente da imagem que a ativista passa atualmente, com cabelos louros e pele mais clara . “A Rachel quer ser alguém que não é. Escolheu não ser ela própria, mas se representar como uma mulher afro-americana ou uma pessoa birracial, e isso simplesmente não é verdade”, disse a mãe dela, Ruthanne Dolezal ao canal KREM 2 News.

Em entrevista à Sky News, Rachel disse não se importar com o que os pais dizem, além de afirmar não os considerar como seus pais verdadeiros – ela move uma ação judicial contra o casal. Também afirmou que “definitivamente se considera negra”.

Dolezal será investigada por alegações de ter falsificado sua etnia ao se inscrever para uma posição no comitê da polícia de Spokane. A ativista é professora na Eastern Washington University e disse ter sido vítima de crimes de ódio.