27 de dezembro de 2025

Dono da Carmen Steffens é levado pela Polícia Federal em mega-operação contra crime organizado


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Empresário Mario Spaniol em foto de arquivo

Atualizado às 17h45

O empresário Mário Spaniol foi liberado pela Polícia Federal após prestar depoimento. O dono da Carmen Steffens foi levado por agentes da polícia nas primeiras horas da manhã durante a Operação Flórida, desencadeada para o cumprimento de mandados de busca e apreensão, em um esquema investigado sobre "transações financeiras suspeita."

Mario esteve hoje à tarde na empresa, que tem sem sede no Distrito Indutrial. O empresário falou com parte da imprensa, mas se negou a conversar com o GCN. 

A Operação Flórida prendeu pelo menos oito pessoas nesta terça-feira. Seis delas foram presas em Sorocaba. Um dono de casa de cambio na cidade foi pego junto com a mulher. Segundo o jornal Cruzeiro do Sul, associado à APJ (Associação Paulista de Jornais) da qual o Comércio da Franca faz parte, eles  são acusados de promover um esquema que movimentava cerca de $ 10 milhões por mês no envio ilegal de dinheiro para o exterior. Em São Paulo, capital, outras duas pessoas foram presas. O nono mandado de prisão não foi cumprido, já que o suspeito estaria viajando para o exterior. 

A OPERAÇÃO

A operação da Polícia Federal, denominada Flórida, passou por Franca na manhã desta terça-feira. A equipe esteve na casa do empresário Mario Spaniol, no condomínio Morada do Verde, por volta das 6 horas, e o levou para a sede da PF em Ribeirão Preto, de forma coercitiva (que é de forma obrigatória), para prestar depoimento.

A operação foi conduzida pela Polícia Federal de Sorocaba e passou pelas cidades de Sorocaba, São Paulo, Itapetininga, Itu, Indaiatuba, Araçoiaba da Serra, Salto de Pirapora, Guarujá, Itapeva e Franca. Pelo menos 200 policiais federais cumpriram os mandados de prisão, 49 mandados de busca e 33 mandados.

Em nota, a PF diz que a "investigação, que contou com a cooperação internacional do Serviço Secreto dos Estados Unidos, iniciou-se em abril de 2014, a partir da informação de que três empresas norte-americanas, sediadas na Flórida e controladas por um empresário de Sorocaba/SP, estariam envolvidas em transações financeiras suspeitas de envio de dólares aos EUA e à China, clandestinamente".

A Polícia disse ainda que os interessados em enviar recursos ao exterior se utilizavam do esquema, que usava de empresas de fachada e sócios "laranjas" ligados à organização criminosa.

A cobertura completa da operação estará nas páginas do Comércio de amanhã.


O delegado Valdemar Latance Neto, chefe da unidade de inteligência da Polícia Federal de Sorocaba, durante coletiva de imprensa hoje de manhã. (Foto: Emídio Marques/Cruzeiro do Sul)