O Brasil é considerado o maior exportador de jogadores para a Europa, mas apresenta dificuldade em firmar treinadores em grandes equipes europeias. Nos últimos dez anos, o País teve apenas três treinadores em clubes de ponta do velho continente. Vanderlei Luxemburgo foi técnico do Real Madrid em 2005, Luiz Felipe Scolari comandou o Chelsea na temporada 2008/2009 e Leonardo liderou o Milan e o Inter de Milão entre 2009 e 2011.Para o ex-dirigente do Paris Saint-Germain Leonardo, o problema não é o preconceito, mas sim uma questão cultural e geográfica. “Culturalmente, eles não veem o treinador brasileiro como alguém que pode trazer uma estratégia nova. Quem ganhava era sempre o jogador com sua espontaneidade.”Ex-treinador do Japão, Arthur Antunes Coimbra, o Zico, segue o mesmo pensamento de Leonardo.“Na Europa, principalmente na Itália, tem-se a mentalidade de que jogador brasileiro não precisa de treinador, que ele resolve sozinho. Acho que no Brasil não existem cursos para te dar uma grande preparação. Tirei o meu pelos serviços prestados pelo Japão. E na Itália tem cursos para se tornar treinador de futebol”.Para Carlos Alberto Parreira, a preparação faz a diferença. “Levamos desvantagem na formação. Lá, eles são melhor preparados. Cada federação tem seu curso. Na hora que o cara para de jogador futebol, ele tem que fazer um curso para virar técnico.”