17 de dezembro de 2025

Resistência ao mal


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‘Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal.’ - Jesus. (MATEUS, 5:39.)

Os expoentes da má-fé costumam interpretar falsamente as palavras do Mestre, com relação à resistência ao mal. Não determinava Jesus que os aprendizes se entregassem, inermes, às correntes destruidoras.
Aconselhava a que nenhum discípulo retribuísse violência por violência. Enfrentar a crueldade com armas semelhantes seria perpetuar o ódio e a desregrada ambição no mundo. O bem é o único dissolvente do mal, em todos os setores, revelando forças diferentes.
Em razão disso, a atitude requisitada pelo crime jamais será a indiferença e, sim, a do bem ativo, enérgico, renovador, vigilante e operoso.
Em todas as épocas, os homens perpetraram erros graves, tentando reprimir a maldade, filha da ignorância, com a maldade, filha do cálculo. E as medidas infelizes, grande número de vezes, foram concretizadas em nome do próprio Cristo.
Guerras, revoluções, assassínios, perseguições foram movimentadas pelo homem, que assim presume cooperar com o céu. No entanto, os empreendimentos sombrios nada mais fizeram que acentuar a catástrofe da separação e da discórdia. Semelhantes revides
sempre constituem pruridos de hegemonia indébita do sectarismo pernicioso nos partidos políticos, nas escolas filosóficas e nas seitas religiosas, mas nunca determinação de Jesus.
Reconhecendo, antecipadamente, que a miopia espiritual das criaturas lhe desfiguraria as palavras, o Mestre reforçou a conceituação, asseverando: ‘Eu, porém, vos digo...”.
O plano inferior adota padrões de resistência, reclamando ‘olho por olho, dente por dente...”.
Jesus, todavia, nos aconselha a defesa do perdão setenta vezes sete, em cada ofensa, com a bondade diligente, transformadora e sem-fim.

EMMANUEL
Livro: Vinha de luz
Psicografia de Francisco Cândido Xavier