Os CCIs (Centros de Convivência do Idoso) de Franca estão superlotados. A informação é da Secretaria de Ação Social e dos gestores das cinco unidades. Todos estão atendendo acima da capacidade. Atualmente, a Prefeitura financia as atividades de 730 idosos. Mas, as entidades responsáveis pela administração dos CCIs atendem mais. O número total de pessoas com mais de 60 anos matriculadas nas unidades é de 1.185, aproximadamente 62,3% a mais que o número de usuários bancados pela Prefeitura.
Já a lista de espera de quatro das unidades juntas possui 443 nomes. O CCI “Rodolfo Ribeiro Vilas Boas”, apesar de atender 23 idosos a mais do que o mantido pelo poder público, não tem lista de espera e é o único a ainda aceitar idosos.
Hoje, a Prefeitura repassa o valor de R$ 140 ao mês para cada participante.
O caso mais significativo dessa tendência é o do CCI “Nelson de Paula Silveira”. Funcionários do local não estavam autorizados a passar dados de atendimento, mas um relatório do mês passado da Secretaria de Ação Social apontou que o CCI atendia 487 idosos, sendo que somente 200 deles são financiados pela Prefeitura. Já a lista de espera da instituição é igualmente impressionante: 215 pessoas.
O centro de responsabilidade do Lions Clube Franca Sobral, chamado “Mário Betarello”, também não fica muito atrás. Conta com 200 idosos mantidos pelo poder municipal, outros 100 adicionais e uma lista de espera com 160 nomes.
“Nós temos um projeto de ampliação do local. Vamos construir um orquidário, um campo de bocha e um espaço ecumênico. Com isso, temos expectativa de chegar a 400 usuários no ano que vem, desde que a Prefeitura faça o repasse referente a 300”, explicou o presidente Francisco Setti.
Benefícios
Segundo os administradores, os centros oferecem inúmeras vantagens para os que já atingiram a terceira idade. “Hoje, o idoso aposenta e para de fazer as atividades que ele fazia. Então, no CCI, ele volta a realizá-las e é reinserido na comunidade, melhorando seu psicológico”, opina o coordenador do “Avelina Maria de Jesus”, Ross Bezerra. “Os centros de Franca têm oportunidade de ter mais vagas no mesmo local. O que precisamos é de mais verba.”