23 de dezembro de 2025

Autor de homicídio é espancado pelos vizinhos no Jardim Pulicano


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Residência onde vítima mora com a família foi invadida por bando

A polícia iniciou ontem as investigações para localizar os integrantes do bando que invadiu uma residência no Jardim Pulicano e agrediu o sapateiro desempregado EGS, 31. Os fatos ocorreram no início da madrugada de ontem. Paus, pedras, blocos de concreto e até a tampa de uma panela de pressão foram utilizados. A agressão, segundo familiares, teria relação com o assassinato do estudante Pedro Henrique Santos, ocorrido em fevereiro de 2009, morto aos 17 anos. EGS confessou a autoria do crime (leia nesta página) e desde então, de acordo com parentes, passou a sofrer ameaças.

No boletim de ocorrência registrado na madrugada de ontem consta que o desempregado seria usuário de drogas e teria tentado agredir mãe, irmã e o padrasto. Cerca de dez pessoas - a maioria jovens - que estavam nas proximidades, aproveitaram para invadir a moradia. Eles quebraram o que encontraram pela frente, arrombaram a porta do quarto onde se encontrava EGS e o arrastaram até a rua.

Com pedaços de paus, pedras, blocos de concreto e até a tampa de uma panela de pressão, o bando agrediu o desempregado. Ele perdeu os sentidos. Imaginando que a vítima estivesse morta, os agressores fugiram e a PM foi comunicada.

Os primeiros policiais chegaram antes da equipe de resgate do Samu. Eles ouviram da vítima que entre os autores estariam vizinhos de bairro. Em uma das paredes do quarto de EGS os invasores escreveram “Verme 1533 PCC”, em referência à facção criminosa que atua nos presídios do Estado.

O socorro ao desempregado foi realizado sob escolta de viaturas policiais, pois havia o temor de que a ambulância pudesse ser atacada durante o trajeto.

Atendido na Santa Casa, o sapateiro desempregado passou por exames, recebeu os primeiros cuidados e após o período de observação, foi liberado. Ele voltou para a casa no início da tarde de ontem, e desde então é assistido pela mãe e a irmã - elas foram orientadas a procurar novamente o hospital caso o quadro geral da vítima se agravasse.

MEDO
Familiares se recusaram a dar entrevista, por medo, mas negaram que EGS seja usuário de drogas. “Ele já foi. Hoje vive recluso dentro de casa e o que aconteceu hoje (ontem) é reflexo da abstinência”, garantiu um dos parentes.

A família já havia se mudado do Parque Vicente Leporace para o Pulicano na tentativa de fazer com que EGS mudasse de vida, mas não houve resultados. A mãe diz buscar uma solução para acabar com o sofrimento que se tornou a vida da família nos últimos três anos.