A 44ª Francal (Feira Internacional da Moda em Calçados e Acessórios) chegou ao fim ontem (29) contabilizando mais de 59,5 mil visitas durante os quatro dias de evento. Um levantamento feito do GCN mostrou que boa parte dos empresários francanos saiu satisfeita da feira. Somando as vendas de apenas dez das 69 empresas de Franca que marcaram presença na Francal 2012, foram 516 mil pares de calçados comercializados, que deverão gerar mais 250 vagas no setor coureiro-calçadista.
Também dão peso aos resultados outros mais de 115 mil pares pedidos que estão no balanço da participação das 22 empresas de Franca aglutinadas no Espaço Moda Franca. Dados do SindiFranca (Sindicato das Indústrias de Calçados de Franca), organizador do espaço, indicam que 41% delas estimam ter faturado entre R$ 200 mil e R$ 300 mil e outros 14% devem faturar mais de R$ 500 mil.
Um dos estandes mais movimentados durante a feira, a Calvest precisará abrir uma nova esteira de trabalho e contratará cerca de 80 funcionários extras. “Aqui na feira conseguimos fechar a venda de 88 mil pares, o que equivale a um mês de produção. Ainda estamos acertando os detalhes para a comercialização de outros 88 mil pares. Esta foi uma das melhores feiras dos últimos anos”, disse o gerente de vendas da empresa, Paulo Geminiano. Em 2011, a Calvest vendeu, ao todo, 100 mil pares.
Na Agabê, a alta de 38% nas vendas em relação à feira de 2011 foi brindada. Segundo o diretor José Roberto Pereira Lima, o que mais impulsionou os negócios foi o segmento de botas, que teve alta de 43%, o que ajudou a fazer desta edição a melhor dos últimos quatro anos. A fábrica prevê a necessidade de fazer novas contratações até o final do ano, mas o diretor não soube informar o número.
Tulio Hajel, diretor da Francajel, estava comemorando os resultados alcançados nesta Francal. A fábrica conseguiu vender 100 mil pares nos quatro dias do evento, o correspondente a 45 dias de produção. “Podemos dizer que esta edição superou em 20% a 25% a do ano passado. Mas já prevíamos isso em razão dos investimentos em novas linhas que fizemos”, disse. Para atender a demanda, a empresa deverá contratar 60 pessoas e investir pelo menos mais R$ 500 mil em maquinários.
Também devem contratar mais funcionários as empresas Anatomic Gel, que conseguiu vender 32 mil pares de calçados, a Mariner, com a comercialização de 57 mil pares, a Artmille, que vendeu 10 mil pares, e a Rafarillo, que comercializou um montante 20% maior que no ano passado (a empresa não revela números).
NA CONTRAMÃO
Apesar do clima de otimismo, há quem analise a feira de forma oposta. Um exemplo é o diretor da D’Milton, Moacyr José Leal, para quem os resultados desta edição despencarem em 40% com relação ao ano passado. Os 12 mil pares vendidos (de 15 a 20 dias de produção) não foram suficientes para que a feira deixasse uma boa impressão. “Não deixa de ser interessante porque fazemos prospecção, é uma feira importante, mas a Francal tem enfraquecido, dê quatro anos para cá vem caindo.”, acredita o empresário, em tom pessimista.
(Colaborou Ana Catarina Prebill)