Uma associação indonésia de esposas muçulmanas editou um guia de 115 páginas que, entre outras orientações que soam como bizarras para a cultura ocidental, estimula o sexo em grupo e a obediência ao marido para fortalecer os casamentos polígamos. Distribuído entre mais de mil seguidoras do “Obedient Wives Club” (Clube da Esposas Obedientes) da Indonésia, Malásia e Cingapura, o manual gerou rejeição de entidades muçulmanas e de direitos humanos. As informações são da Agência EFE, publicadas na coluna Sexpedia da revista Época.
Intitulada “Islamic sex, fighting Jews to return Islamic sex to the world” (Sexo islâmico, combatendo os judeus para devolver o sexo islâmico ao mundo, em livre tradução), a cartilha sugere como entreter, obedecer e dar prazer aos maridos. Entre os “ensinamentos” está que as mulheres devem se comportar como prostitutas especialistas na cama para manter a união familiar.
Um dos capítulos diz: “Alá garantiu ao homem a possibilidade de ter sexo simultâneo com todas suas esposas. Se a mulher assim agir, o sexo será melhor”, sugerindo que as mulheres devem manter relações com seus maridos e com suas demais esposas. O livro defende ainda que o sexo é uma forma de prece.
O guia tem sido duramente criticado por grupos muçulmanos, organizações de direitos humanos e até ministros, como o de Assuntos Islâmicos da Malásia, Jamil Khir Baharom, que anunciou que analisará o conteúdo do livro para determinar se é pornográfico ou ofensivo ao islã.