Morreu no último dia 18 de outubro, terça-feira, aos 87 anos, o contador Cid Rodrigues Alves, em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC). Estava internado no Hospital Regional de Franca desde o dia 11.
Nascido em Tietê, interior de São Paulo, Cid era o sexto filho de Athalye Rodrigues Alves e de Antônio Rodrigues da Costa Neto. Seus irmãos são Adhemar, Celso, Élbio, Carmem, Flávio, Sátiro, Francisco e Maria do Carmo. Aos 6 anos, veio para Franca com a família. Nesta cidade, seu pai fundou a Netto Irmãos S.A., organização agrícola, comercial e exportadora, sediando-a na Praça Sabino Loureiro.
Estudou no Colégio Champagnat e depois no IETC (Instituto de. Educação Torquato Caleiro), onde , em 1942, concluiu o ginásio. Ao final de 1949, depois de passar três anos na capital paulista, retornou a Franca e dedicou-se ao trabalho no escritório central da empresa do pai até 1986. Na época, ingressou no Curso Normal Superior do Instituto Francano de Ensino, incentivado pela namorada Diva Diniz de Menezes. Casou-se com ela 1952. Dois anos depois, nascia a primeira filha do casal, Maria Regina, hoje, professora de música, casada com Henrique Barbosa.
Cid e Diva tiveram mais cinco filhos: a artista plástica Maria Atalie (casada com Mauro Ferreira), a professora universitária Maria Angela (casada com Carlos Andrade), a professora de música Maria Marta (casada com Paulo Silveira), a psicopedagoga Maria Beatriz (casada com Paulo Gomes) e o veterinário Eduardo. Dos enlaces dos filhos nasceram 14 netos.
No decorrer dos anos 1950, integrou a primeira diretoria da INFACAPE (Instituição Família Cavalheiro Caetano Petráglia), a diretoria do Asilo São Francisco e dispensário Frei Gregório Gil. Em 1956 passou a frequentar a Igreja Nossa Senhora das Graças. Foi Ministro da Eucaristia por 42 anos. A filha Atalie lembra com carinho da bondade e paciência do pai, que, grande admirador da vida de São Francisco de Assis, nunca se mostrou apegado a bens materiais. ‘Muitas vezes, tirava o próprio agasalho para dar a alguma pessoa na rua’, conta.
Em 2011, Cid e Diva completaram 59 anos de casamento. Sua mulher ressaltou que ambos eram inseparáveis. Quando fala do marido, volta à sua memória visita que fez a ele, no hospital. Emociona-se ao lembrar que uma de suas filhas, presente, avisou o pai que ela lá estava. Ele disse que sabia e declarou que ‘vivia por ela’.
O ex-comerciante Jorge Saad Braim, seu vizinho de anos, era um de seus amigos mais chegados. Foram mais de 50 anos de convivência. Frequentaram a mesma paróquia, fizeram natação juntos e participavam de estudos bíblicos. Jorge disse que o amigo era um grande ser humano e que ele se preocupava tanto com as pessoas que sempre que ficava sabendo de alguém que estava doente no bairro, ia visitar. ‘Do Cid eu só lembro coisas boas. Por isso, qualquer boa qualidade que você atribuir a ele, eu assino embaixo.’