15 de julho de 2025
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Tragada foi a morte


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Na primeira carta aos coríntios, capítulo 15, versículo 54, o Apóstolo dos Gentios, analisando a ressurreição de Jesus e nossa vida prática, afirmou que a morte foi tragada pela vitória, a vitória da vida, que continua após a morte, conforme nos demonstrou Jesus com a sua ressurreição.

Aliás, Nosso Mestre também disse: ‘Vim para que tivésseis vida, vida em abundância’. Acresce-se que o fato de haver Ele ressurgido. Por meio de aparição aos olhos dos mortais evidenciou o fenômeno natural da plenitude da vida em espírito.

Mostrou-nos que, na Criação Divina, não há morte. Há mudança de vibração, de plano, de dimensão, porquanto até o corpo físico – que morre –, transforma-se na terra que o consome, destinando-se os átomos que o constituíam à composição de outros corpos.

Por conseguinte, pode-se dizer que há morte do corpo, de que resulta a plenitude da vida do espírito, fenômeno a que o Espiritismo denomina desencarnação; isto é, o espírito deixa a carne na qual entrara pela encarnação.

Antes do nascimento já havia vida, e que continua após a morte do corpo, agora na dimensão espiritual, em outro plano, portanto, com as características que lhe são peculiaridades e da qual, no mundo material, somos cópia. Há, por isso, um constante ir-e-vir entre o mundo espiritual, ou causal, e o mundo físico, que lhe é efeito.

Na mesma carta, Paulo fala dos diversos dons mediúnicos que podem ser utilizados pelo homem, desde que possua tal faculdade, também entendida como sentido, sensibilidade.

O Apóstolo, portanto, afirma, no referido documento, que a continuidade da vida após a morte é uma realidade incontestável.

Os fenômenos mediúnicos aí estão para demonstrar, à sociedade, que a vida nunca se interrompe. Desencarnados, mudamos de plano, mas continuamos nós mesmos; nem santos, nem demônios.

Daí, o sábio ensinamento de Emmanuel, mentor espiritual de Chico Xavier: ‘a morte não mata ninguém, muda de endereço’, ao que se impõe acrescentar: com os mesmos defeitos e virtudes que nos caracterizam enquanto encarnados, com os mesmos amores e afeições que alimentamos.

E, movidos pelo sentimento de amor, podemos nos aproximar dos que amamos! E se podemos nos aproximar dos nossos queridos, podemos falar com eles!

Aí estão inúmeras e consoladoras cartas enviadas pelas vias mediúnicas por cônjuges, pais, filhos, parentes, a seus queridos que permaneceram no chão planetário, todas com detalhes identificadores – caligrafia, revelações de particularidades íntimas e familiares, assinatura, tão autênticos que alguns já até serviram de provas em juízo.

Falam de amor, do amor que nunca cessa, consolando corações e matando, definitivamente, a morte.

Felipe Salomão
Bacharel em Ciências Sociais e diretor do Instituto de Divulgação Espírita de Franca - IDEFRAN