23 de dezembro de 2025

‘Molecada’ ganha atenção em Franca na hora dos presentes


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BOA IDEIA - O empresário Fernando de Mattos, da Locomotiva, há 11 anos notou a falta de lojas para crianças e decidiu investir

Eles estão antenados com a tecnologia e a moda, superativos e ainda por cima, mais exigentes. Embora crianças, são persuasivas e muitas vezes conseguem convencer os pais a comprar este ou aquele produto. Dê olho nesses consumidores mirins, empresários têm investido na abertura de lojas de brinquedos, de roupas e de serviços para agradar a criançada.

Somente no Franca Shopping, foram instalados dois novos quiosques voltados para os pequenos. Além disso, está em obras uma loja de uma rede de brinquedos com unidades em Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal, que deve ser inaugurada em novembro.

Advogado em Uberaba, Cléber Chagas inaugurou em junho o Kids Kar no Franca Shopping. O espaço loca carrinhos de passeio para que os pais utilizem durante o passeio ou compras no shopping e vende balões de gás. “Franca é uma cidade promissora e esse é um mercado atrativo, com carência.” Chagas investiu R$ 80 mil no negócio e disse ter se surpreendido com a aceitação. “Toda cidade em crescimento tem muita criança e percebemos que atualmente os pais estão mais dispostos a gastar com os filhos.”

Para Martins Korki Neto, da Kork Editorial, que há um ano vende livros infantis no shopping, a população local tem despertado para a cultura e a importância de incentivar as crianças a ler.

Com uma loja de variedades no Bairro São Joaquim, a empresária Maria Beatriz Damando Ramos também viu na mudança de comportamento dos consumidores a oportunidade de focar no setor infantil. Ela abriu no mês passado a Sparce Brink na Rua Voluntários da Franca, no Centro. A loja de 400 metros quadrados e dez funcionários tem mais de 2 mil brinquedos voltados para meninos e meninas.
“Já tinha contato com representantes e, vendo que todos os tipos de pais estão com mais condições de comprar um brinquedo, resolvi montar a loja. Contou também o fato de a cidade ter poucas lojas com variedade de jogos e brinquedos educativos.”

A empresária não quis revelar o valor investido no novo negócio, mas disse ter observado que o mercado está em expansão, pois as mães estão mais preocupadas com o divertimento dos filhos. “Elas não querem que as crianças fiquem só no computador e na televisão, com isso os brinquedos voltaram a ganhar espaço”, disse Maria Beatriz.

RENDA MAIOR
Segundo o diretor do Núcleo de Administração da Unifran (Universidade de Franca), Aécio Flávio Lemos, com o crescimento da renda as pessoas passaram a gastar com itens considerados supérfluos, como brinquedos, “seja por vaidade ou no intuito de estimular a criatividade, ter função pedagógica.”

O especialista disse ainda que o fato de as crianças de hoje terem mais acesso aos meios de comunicação contribui para o crescimento e surgimento de negócios voltados a esse público. “Existem muitos canais de TV fechados exclusivos para crianças, então os empresários passaram a enxergar que os pequenos também possuem poder de compra, de decisão. As crianças têm voz ativa com os pais. O surgimento de novas lojas na cidade mostra essa mudança de foco no mercado.”