21 de dezembro de 2025

Morreu Donizete Bettarello, o Xerife, aos 54 anos


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Donizete Bettarello, o Xerife, foi sepultado domingo, no Cemitério da Saudade

Morreu na manhã do domingo, 17 de julho, o conhecido despachante de documentação de veículos Donizete Sérgio Bettarello, o Xerife. Na sexta-feira da semana passada, acometido por forte pneumonia, foi internado no Hospital do Coração. Transferido à Unidade de Terapia Intensiva em função da complexidade do caso, não resistiu.

Sua morte foi um choque para amigos e familiares. Donizete convivia com disritmia cardíaca havia anos e, de quando em quando, passava pelo exames de rotina no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. A pneumonia aguda foi um “quadro inteiramente novo, grave, rápido demais para todos nós que sempre o vimos bem”, disse seu irmão Paulo Sérgio ao Comércio.

Tinha 54 anos. Faria 55 ontem, segunda-feira. Deixou viúva Ana Maria de Souza Bettarello depois de 30 anos de casamento e três filhos, as gêmeas Renata e Roberta, e Rafael. Era filho do sempre respeitado ex-delegado de Polícia Civil, Guido Bettarello, e Elza Zinader Bettarello; irmão de Paulo e Luís Sérgio.

O fato de ser filho de delegado levou os amigos de Donizete, desde muito cedo, a apelidarem-no Xerife. Gostou da brincadeira e a encampou, chamando seu escritório de trabalho de Despachante Xerife. Esteve instalado por mais de 30 anos na esquina das Ruas Saldanha Marinho e Ouvidor Freire. Há um ano, transferiu a empresa para a esquina das Ruas Comandante Salgado com Padre Anchieta.

Formou-se em Direito pela Faculdade Municipal mas não advogou, preferindo dedicar-se a seu negócio principal. Construiu largo círculo de relacionamento. Dono de sorriso franco e fala fácil era presença sempre reclamada por seu grupo de amigos, especialmente quando se falava de pescarias em Goiás ou no Mato Grosso. Aliás, há três meses, fez a última. “Xerife mantinha a tralha sempre pronta. Era só aparecer o convite”, disseram integrantes de seu grupo durante o velório.

Gostava, também, de cozinhar e “tinha um coração generoso”, disse Paulo Sérgio. Sempre que solicitado por alguma entidade, preparava feijoadas “lights” – sua especialidade, elaborada com ingredientes que ferventava com antecedência e, dos quais, retirava a maior parte da gordura – às suas próprias expensas, apenas contando com preços melhores de seus amigos açougueiros, que sabiam da doação voluntária. Foi um filho também especial: todos os dias, por volta de meio-dia, dirigia-se à casa de seu pai, para preparar-lhe o almoço.

O corpo foi velado no São Vicente de Paulo. O sepultamento aconteceu às 17h30 do domingo, no Cemitério da Saudade, com cuidados da Funerária Nova Franca.