17 de dezembro de 2025

Morreu Eduardinho de Paula Filho, de rica história profissional e social


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Morreu no dia 27, aos 72 anos, Eduardinho (como era conhecido) de Paula Filho, personagem de rica história profissional e social, irmão do professor e colaborador deste Comércio, Everton de Paula, e do cirurgião dentista Sérgio Augusto de Paula.

Estava internado no Hospital do Coração há uma semana. Em exame de rotina realizado há 30 dias, teve detectado um tumor no pulmão. A doença evoluiu rapidamente e todos os esforços médicos foram em vão.
Era filho de Eduardo de Paula e Ema Centofante de Paula. Divorciado de Idelma Tozzi, casou-se com Maria Terezinha Garcia Domênico. São seus filhos, Alcides Eduardo, casado com Elza, e Fernando César. Era avô da garotinha Fernanda.
 
Trabalhou como fotógrafo neste Comércio, na ocasião em que Alfredo Henrique Costa comandava o jornal. Documentou, em fotos, confronto entre órgãos de segurança e entregadores de leite, frente às antigas instalações da Usina Jussara, na bairro da Estação. O trabalho foi considerado referencial à época, segundo lembranças de sua família. Como contador, atuou no Cortume Progresso, Laticínios Jussara e no Banco Arthur Scatena.
 
Decidiu-se por fazer Administração de Empresas. Formado, ingressou em Furnas como gerente administrativo e participou ativamente da construção da barragem do Estreito, permanecendo na empresa por vários anos. Após, tornou-se funcionário de carreira da Construtora Odebrecht onde, utilizando experiência profissional adquirida em Furnas, esteve na construção de Angra I, na Praia Brava, Angra dos Reis (RJ). Atuaria ainda na Construtora Adolpho Linderberg de São Paulo, até próximo da aposentadoria.
 
Novamente em Franca, Eduardo dedicou-se à família e a alguns hobbies, a exemplo da cozinha (seus pratos italianos deixam saudade) e da pescaria. Com vários amigos, não havia distância que o amedrontasse na busca de bons cursos d’água, divertimento e contato com a natureza.
 
Há algumas semanas, juntou vários amigos aos familiares e dedicou-se a criar seus pratos. “Foi quase uma despedida”, disse seu irmão Everton de Paula ao Comércio. “Lá estiveram todos, inclusive o amigo Antônio Carlos Ewbank Seixas, de quem ele gostava muito e que não via há algum tempo”.
 
Era dono de personalidade marcante. Fez e alimentou grande rede de relacionamentos. Era constantemente convidado a estar em festas e eventos, em função de seu perfil amigo e companheiro. Participou da fundação do Acácia Clube. Amante de versos e de música, dizia sempre de “My Way” de Frank Sinatra. “Quanto eu me for, lembrem-se de mim quando ouvirem My Way. Fala de minha história, que tenho vivido ao meu modo e da forma mais intensa possível”. Exerceu sua última atividade profissional como funcionário da Universidade de Franca.
 
Estava integrado, de algum tempo para cá, ao movimento da terceira idade de Franca. Frequentava grupos de danças e adorava. Deixa saudade também no movimento de Fraternidade Feminina da Loja Maçônica Independência III, frequentado por sua mãe, d. Ema, pelo apoio incondicional que dava às voluntárias.
Velório, no São Vicente de Paulo e sepultamento, no Cemitério da Saudade, aconteceram ontem.