23 de dezembro de 2025

A cidade mais quente da África do Sul


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Clima de verão Oceano Índico banha praia em Durban, na África do Sul, e transforma clima da cidade. Calor e clima pacato permitem a ideia de que Durban tem verão o ano todo

Que o centro da Copa do Mundo foi Joanesburgo, todo mundo sabe. Foi na maior cidade da África do Sul que aconteceram os melhores e os principais jogos do mundial da Fifa - sem contar a final neste dia 11. Mas muitos desbravadores do país mais próspero do continente africano têm trocado a agitação da “selva de pedra” pela tranqüilidade de Durban, localizada na província de KwaZulu-Natal, na costa leste do país, e banhada pelas águas quentes do Oceano Índico.


Ao trafegar por 600 quilômetros da extensa rodovia N3, que corta a África do Sul e não tem buraco algum, os torcedores são expostos a uma verdadeira transformação de cenário. Em vez do frio abaixo do zero, temperaturas amenas, com direito a um calor subtropical razoável em meio ao inverno que se mantém até o meio da tarde. Tanto que as faixas que se estendem pelas alamedas da cidade vendem a idéia de que Durban tem verão o ano todo.


Em vez da apreensão e da insegurança das ruas, um clima mais tranqüilo e, de certa maneira, pacato. Até o modo como conseguimos acomodação por lá exemplifica isso. Chegamos depois das dez da noite, sem lugar certo para ficar. Paramos num posto para pedir informação e, de repente, um casal de senhores - a cidade tem muita gente mais velha aproveitando para descansar - ofereceu hospedagem por um preço bem camarada: 200 randes por dia.


No lugar da sensação de isolamento e dos longos trajetos no meio da cidade, que tem quase três milhões de habitantes e é o terceiro maior centro urbano da África do Sul, um trânsito fácil de se andar, tendo como referência a orla da praia. Durban tem ruas bonitas e bem sinalizadas, que conduzem o turista por diferentes opções de entretenimento.


O próprio comportamento das pessoas, que em grande parte têm traços indianos e são consideradas coloured people (pessoas coloridas, em tradução livre, que não são nem negras nem brancas aqui na África do Sul), é diferente. É comum ver gente fazendo corrida no meio da rua ou lendo jornal debaixo da árvore, em qualquer ponto da cidade. E é mais do que evidente que a praia faz parte do cotidiano de quem vive lá. Na orla, muito bonita e com calçadas muito bem cuidadas, a maior parte das pessoas vai para fazer caminhada, curtir a praia e observar as ondas do Índico rebentando na areia. O local também conta com a presença de surfistas.


A reportagem visitou o complexo uShaka Marine World (www.ushakamarineworld.co.za), com parque aquático, shopping center e restaurantes. Com 100 randes por pessoa, entramos em um dos maiores aquários do globo, com muitas espécies marinhas, inclusive tubarões. De quebra, dentro do parque aquático pudemos ver apresentações de cinco golfinhos que acenam para o público e pulam nas alturas, um show muito empolgante e todo roteirizado que tem o intuito de preservar a espécie, combatendo a caça ilegal.


Para comer e passar boas horas, não deixe de ir à Rua Broadway, em Durban North. Por lá existem vários restaurantes e cafeterias como o Café Java, com um brownie de amêndoas muito bom por apenas 18 randes. Aproveite e dê uma passada no Kensington Boulevard, um shopping pequeno, mas bem arranjado. Os turistas que chegam em Durban ainda podem conhecer pontos turísticos como o Vale das Mil Colinas - a 45 quilômetros de Durban e tido como um dos endereços mais fascinantes do mundo por ter paisagens belíssimas e abrigar ainda a civilização zulu -, o Jardim Botânico, fazer aulas de surf e jogar golfe nos muitos campos disponíveis.