Morreu ontem Bruno Bettarello, ex-gerente – chamado fiel depositário – da EAD (Estação Aduaneira do Interior, Regional de Franca), conhecida como entreposto alfandegário, centralizador de produtos para exportação ou importados por indústrias locais. Internou-se por volta das 14 horas da quarta-feira no Hospital São Joaquim/Unimed para uma última conduta médica para quadro terminal de câncer, doença com a qual lutou nos últimos 2 anos. Não sobreviveu.
Bruno integrava a tradicionalíssima família Bettarello, ligada desde meados do século passado a atividades calçadistas e comerciais em Franca. Nasceu em Batatais, filho de Argante Bettarello e Emma Smolari Bettarello. Foi irmão de Hugo, Guido, Aurélio, Leandro, João, Argante, Noêmia e Mário.
Tinha 87 anos. Deixou viúva Helena Lima Bettarello depois de 65 anos de matrimônio. O casal teve um filho, Carlos Gabriel, casado com Neuza; 4 netos (Gabriel, casado com Fernanda; Carlos Bruno, casado com Juliana; Rodrigo, casado com Estela e Leonardo), e 3 bisnetos (Helena, Miguel e Maria Fernanda).
Conduziu por muitos anos a Casa Bruno, estabelecida à Rua Voluntários da Franca, vendendo calçados. Depois, foi trabalhar com o irmão Aurélio em uma das pioneiras empresas de entrega de gás e vendas de fogões de Franca, a Gasbrás. Participou das atividades da indústria de calçados H. Bettarello, do irmão Hugo e, posteriormente, conduziu por aproximadamente 15 anos as atividades da Cortidora Agabê, segundo contou ao Comércio, seu filho Carlos Bruno. No entreposto alfandegário atuou por mais 15 anos, quando se aposentou.
Fez Economia e Direito nas faculdades francanas “para tornar-se melhor e buscar sucesso contínuo nas atividades que empreendia”, lembrou-se o filho. Espírito dinâmico, era um homem alegre, afeito ao companheirismo e, principalmente às causas da família. Nas ocasiões de seu aniversário (27 de novembro) promovia grandes encontros familiares e decorava tudo à moda italiana, com ênfase às massas e aos vinhos. A Sociedade Italiana lhe prestou homenagens em várias etapas de sua vida.
Assinante do Comércio Bruno tinha um hobby interessante: à chegada do jornal do dia municiava-se de cola e tesoura para formular cadernos de compilação de reportagens que considerava as mais importantes sobre a cidade. Um destes cadernos foi objeto de crônica de Sônia Machiavelli, editora do caderno Nossas Letras, em 2008.
O velório acontece hoje, no São Vicente de Paulo. O sepultamento dar-se-á às 16 horas, no Cemitério da Saudade.