Morreu dia 22 deste mês, aos 81 anos, Manir Latuf, empresário e comerciante francano. A morte se deu em sua casa. Nos últimos dois anos, enfrentou intenso tratamento contra o câncer no Hospital do Câncer de Franca e no São Joaquim/Unimed. A certidão de óbito registrou falência múltipla de órgãos.
Foi casado com Marilisa Facioli Latuf por 43 anos. Tiveram duas filhas, Andréia, casada com Nicola Archetti Neto, e Patrícia, casada com Luciano de Carvalho. Destes enlaces nasceram três netas, Isadora, Flora e Pietra.
Manir, comerciante nato, fez das relações humanas sua mais importante qualidade. Formou e consolidou, ao longo da vida, imensa rede de bons relacionamentos de amizade e respeito. Foi sócio-diretor da Casa Alberto, situada na Rua do Comércio, especializada na venda de calçados. Transformou-a, depois, em perfumaria. Mais tarde, dedicou-se ao ramo de loterias, abrindo e gerenciando várias lotéricas pela cidade.
Mesmo depois de aposentado nunca deixou de realizar negociações. Gostava do jogo comercial e se tornou um dos personagens mais conhecidos da praça Barão da Franca. Seu hobby eram os relógios. Sempre tinha algum exemplar para comercializar. O que gostava, na verdade, era “a oportunidade da conversação, da negociação”, disse ao Comércio seu cunhado Nelson Facioli Júnior.
Foi muito amigo do jornalista Corrêa Neves, de quem, de quando em quando, recebia citações em textos jornalísticos sobre o centro da cidade, como realizador de “escambos” (trocas de bens por outros bens). A brincadeira era sempre recordada pelos dois quando se encontravam, segundo disse a família de Manir.
Manir era retratado pelas netas como “um ídolo”. Paixão delas, não deixava de fazer-lhes vontades. Seu corpo foi velado no São Vicente de Paulo com grande comparecimento de suas amizades. O sepultamento aconteceu no mesmo dia da morte (22), no Cemitério da Saudade.