Os dois principais investigados pela Polícia Civil na ‘Operação Dejà Vu’, deflagrada nesta sexta-feira (13) em São José dos Campos e Jacareí, tiveram cerca de R$ 2 milhões em bens bloqueados.
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Os policiais apreenderam dois carros de luxo e dois imóveis. Os empresários são suspeitos de praticarem crimes como tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, além de associação com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
A operação foi comandada pelo Seccold (Setor de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro), que cumpriu mandados de busca e apreensão em Jacareí nesta sexta.
Os policiais investigaram Reginaldo da Silva Badaró, principal alvo da operação e suspeito de ser o chefe da facção na cidade. Ele é investigado por crimes de tráfico de drogas e ocultação de bens de origem ilícita, usando outras pessoas como laranjas. O outro alvo da operação é a esposa dele, Eva Maria Lauro. Não há mandado de prisão contra eles.
“Durante a operação, foram realizadas buscas em imóveis, quebra de sigilo telemático e o bloqueio de contas e bens, incluindo veículos e imóveis relacionados aos investigados. Entre os itens apreendidos estão dois veículos, aparelhos celulares e documentos”, informou a Polícia Civil.
Segundo a polícia, as investigações apontam que o crime antecedente atribuído ao principal alvo é o tráfico de drogas, pelo qual ele já havia sido investigado e preso pela 2ª Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes).
“Em continuidade aos trabalhos, a operação visa desmantelar as estruturas financeiras da organização criminosa, além de assegurar a recuperação de ativos”, informou a polícia.
Primeira fase.
A ação foi um desmembramento da ‘Operação Armagedom’, tendo sido detectada a conexão financeira entre as duas células da organização criminosa e o PCC.
Na primeira fase da Armagedom, que aconteceu em novembro, seis suspeitos de Jacareí e São José foram presos. Os policiais cumpriram 12 mandados de busca e apreensão. Uma padaria de São José e uma loja de carros de Jacareí estiveram entre os alvos das buscas.
Na ocasião, os investigadores apreenderam mais de R$ 200 mil em espécie e armas, como pistolas, revólveres e um fuzil. Também foram confiscados celulares, computadores e carros.
Os alvos são suspeitos de praticar diversos crimes, como usura, extorsões, lavagem de dinheiro e financiamento do tráfico de drogas. Segundo o Ministério Público e a Polícia Civil, o grupo fazia a lavagem de dinheiro e conseguia ganhos financeiros altos com empréstimos de dinheiro a juros abusivos e extorsão de devedores inadimplentes.
Eles também praticavam extorsões para cobrar os devedores e tomavam todo o patrimônio das vítimas. Há ainda a suspeita de que, com o dinheiro, a organização criminosa promovia o financiamento do tráfico de drogas.
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