DESAPARECIDO

Onde está Décio? Futuro médico, jovem está desaparecido em SJC

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 4 min
Reprodução
Décio de Castro Santos
Décio de Castro Santos

"Não há amor como o de uma mãe à espera de ver seu filho de novo". É o que afirma a mãe de Décio de Castro Santos, jovem que sonhava ser médico e desapareceu em São José dos Campos, há quase dois anos, deixando a família com uma dor difícil de descrever. "Sempre irei te amar, uma mãe nunca esquece seus filhos. Saudades", postou a mãe, que desde 18 de janeiro de 2023 se questiona: onde está o Décio? Onde está o meu filho?

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Hoje, passados um ano e 11 meses, a família se questiona se Décio está vivo ou não, e sonha com o reencontro ou com um enterro digno para ele.
Dias antes do desaparecimento, Décio havia ganhado uma bolsa de estudos de 100% para um cursinho preparatório de medicina. Ser médico sempre foi o seu grande sonho. Décio lutou contra a depressão por mais de três anos. Neste período, chegou a tentar suicídio. Semanalmente, o jovem recebia tratamento psicológico em uma unidade do Caps (Centro de Atenção Psicossocial) de São José.

No dia 18 de janeiro de 2023, a mãe saiu para o trabalho e, durante o expediente, recebeu diversas ligações do filho. À noite, ao voltar para casa, não encontrou o jovem, que parecia ter saído com a roupa do corpo e o celular. A mãe, ainda naquela noite, notou que Décio havia feito uma transferência bancária, antes de sair. Preocupada, a mãe tentou localizá-lo, mas sem sucesso.

Como o filho saía com frequência, ela decidiu ir dormir. Por volta de 1h, acordou e notou no celular uma ligação perdida de Décio, feita duas horas antes. Ao retornar, caixa postal.

Quem tiver informações sobre o paradeiro de Décio pode ligar para o 190.

Whatsapp.

Sem respostas da polícia, a família foi em busca de informações e encontrou mensagens no WhatsApp Web de Décio, que mostram que o jovem encontrou um casal no dia que desapareceu.

“A gente descobriu entrando no WhatsApp que ele deixou aberto no computador que tinha uma conversa dele com uma amiga. O que sabemos é que no dia 18 ele foi ao encontro dessa amiga e do namorado dela em um bairro, depois os três foram para um outro bairro de São José onde foram realizadas, até a manhã do dia seguinte, várias transferências bancárias da conta do Décio para esse casal e, logo depois, foi solicitado o encerramento da conta”, comentou a irmã, ouvida pela reportagem de OVALE à época, acrescentando que o casal chegou a ser ouvido pela polícia.

“O casal prestou depoimento à polícia e confirmou que o Décio encontrou com eles, mas disse que depois ele foi embora de carro. Nós não acreditamos que ele tenha ido embora assim do nada sem falar com a gente, o Décio era muito apegado à família”, concluiu a irmã.

Cracolândia.

Foram meses com várias informações que vieram à tona durante o desdobramento do processo, uma delas foi de que o celular do estudante estava nas 'redondezas da Cracolândia' e que ele também estaria por lá. Sobre essa informação, a mãe conta que chegou a ir até São Paulo, mas que não encontrou o filho.

“Eu fui pessoalmente na Cracolândia, falaram inclusive que tinha um menino parecido com ele lá, mas no final não era o meu filho. O que acreditamos e a polícia também é que ele não saiu de São José dos Campos”, relatou.

Outra informação que a família também recebeu foi de que o CPF de Décio havia sido cadastrado em uma linha telefônica em Itabuna, município ao sul do estado da Bahia.

“Eu fui até a operadora para saber se tinha dívidas no nome dele e lá fiquei sabendo que cadastraram o CPF de Décio em um novo número de telefone. O que fui informada pela operadora é que o cadastro estava incompleto e que não havia sido realizado pessoalmente. Cheguei até a ligar para esse número e a pessoa informou que era de Santa Catarina e que nunca tinha escutado falar do Décio. A polícia de São José disse que entraria em contato com os agentes da Bahia, mas ainda não tivemos retorno sobre isso”, disse.

Suicídio.

O CVV (Centro de Valorização da Vida) realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias. O telefone é 188 e o site é o www.cvv.org.br.

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