A clínica Amor Saúde decidiu desligar o médico neurologista João Eduardo Leite, na manhã desta terça-feira, 14, após apuração e conhecimento da denúncia de que ele teria estuprado uma paciente dentro da unidade localizada no Jardim Consolação, em Franca.

João Eduardo Leite já estava afastado desde a tarde desta segunda-feira, 13, quando a empresa tomou conhecimento da denúncia. O afastamento não durou 24 horas, tendo o desligamento confirmado na manhã desta terça-feira.

Segundo a empresa, após uma apuração e conhecimento melhor dos fatos, eles decidiram optar pelo desligamento do médico.

O estupro teria acontecido durante consulta médica na última quinta-feira, 9. Leite nega as acusações.

Nessa segunda-feira, 13, a mulher que acusa o médico falou com exclusividade com o Portal GCN/Sampi. “Eu tentei sair [da sala], só que ele me segurou e encostou a boca na minha. Não consegui nem beber água na sexta, porque sentia muito nojo”, disse a paciente. Ela narrou também a reação que teria tido após o médico ter feito um "barulho como se estivesse tendo um orgasmo”, enquanto estaria fazendo uma massagem no pescoço dela.

Segundo a paciente, após informar o motivo da procura do atendimento - fortes dores de cabeça -, o médico perguntou se era nervosa, elogiou as unhas dela e, em seguida, pediu para se deitar na maca para examiná-la. Neste momento, João Leite conferiu a pressão e auscultou o coração da mulher. Em seguida, teria iniciado a massagem.

A reportagem do GCN/Sampi foi até a clínica Amor Saúde, na tarde de segunda, onde ouviu o médico João Eduardo Leite. Ele negou as acusações. Disse que não praticou nenhum ato que indique estupro contra a paciente.

Após o desligamento, na manhã desta terça-feira, no site e no aplicativo da clínica, já não era mais possível agendar consultas com o neurologista.

"Desde ontem, 13/11, a agenda do profissional suspeito encontra-se terminantemente bloqueada, sem que ele possa prestar qualquer atendimento na rede, desde então. E estamos dando início ao imediato desligamento do profissional, por conta de suspeita de grave conduta, ainda que o caso demande investigação e julgamento externo pelos órgãos responsáveis, para que seja devidamente comprovada a ilegalidade da conduta", afirmou a empresa, em nota.

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