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Neurologista de Franca é acusado de estupro durante consulta
Neurologista de Franca é acusado de estupro durante consulta
Paciente diz que médico teria levado sua mão até o órgão genital dele e a beijado à força. Ele nega as acusações. Clínica diz que irá afastá-lo até que a denúncia seja apurada.
Paciente diz que médico teria levado sua mão até o órgão genital dele e a beijado à força. Ele nega as acusações. Clínica diz que irá afastá-lo até que a denúncia seja apurada.
Por Karla Rodrigues e Igor Araújo* | 13/11/2023 | Tempo de leitura: 5 min
da Redação
Por Karla Rodrigues e Igor Araújo*
da Redação
13/11/2023 - Tempo de leitura: 5 min
Karla Rodrigues/GCN

Uma mulher de 40 anos acusa de estupro o médico neurologista João Eduardo Leite. O caso teria acontecido durante consulta médica na clínica Amor Saúde, no Jardim Consolação, em Franca, na última quinta-feira, 9. Leite nega as acusações. A clínica diz que afastará o médico até que a denúncia seja apurada.
Nesta segunda-feira, 13, a mulher falou com exclusividade com o Portal GCN/Sampi. “Eu tentei sair [da sala], só que ele me segurou e encostou a boca na minha. Não consegui nem beber água na sexta, porque sentia muito nojo”, disse a paciente. Ela narrou também a reação que teria tido após o médico ter feito um "barulho como se estivesse tendo um orgasmo”, enquanto estaria fazendo uma massagem no pescoço dela.
Dores de cabeça
Com dores de cabeça intensa, a mulher procurou atendimento para agendar um exame na tarde da última quinta-feira. Porém, durante a triagem, exigida pela unidade de saúde, teria sido vítima de estupro.
Segundo a paciente, após informar o motivo da procura do atendimento, o médico perguntou se era nervosa, elogiou as unhas dela e, em seguida, pediu para se deitar na maca para examiná-la. Neste momento, João Leite conferiu a pressão e auscultou o coração da mulher.
Massagem
De acordo com a paciente, o incômodo começou quando o médico teria iniciado uma massagem no pescoço dela. “Ele começou a colocar muita força e a fazer barulho como se estivesse tendo um orgasmo”. A mulher tentou se levantar, mas teria sido impedida pelo médico, que teria pegado a mão dela e levado ao órgão genital dele.
“Eu me levantei e questionei o que ele era aquilo, mas fiquei sem reação”, afirmou a mulher. João Leite teria pedido para ela guardar segredo e empurrado a mulher em uma cadeira para medir novamente a pressão dela. “Eu tentei sair [da sala], só que ele me segurou e encostou a boca na minha. Não consegui nem beber água na sexta porque sentia muito nojo”.
Impotente
A mulher relata que, ao sair do consultório, o médico teria perguntado se ela voltaria para vê-lo. E a teria seguido quando a viu conversar com um funcionário. “Acho que ele pensou que eu ia falar alguma coisa para o menino e ele disse ‘O dela é só marcar exame’”. A paciente procurou o balcão para agendar, mas só questionou o preço. “Eu não sabia o que fazer. Queria ter reagido, gritado. Na hora você se sente impotente. Quando via casos assim na TV, imaginava que, se fosse comigo, eu reagiria”.
Ao deixar a clínica, ela procurou a CPJ (Central de Polícia Judiciária) de Franca para registrar o Boletim de Ocorrência. “Estou muito abalada, nunca imaginei passar por isso. Minha cabeça está a mil”, disse, minutos depois de deixar a delegacia.
Entrevista
Após quatro dias, ela aceitou conversar com a equipe do GCN/Sampi, mas pediu para manter sua identidade em sigilo por medo do que possa acontecer com ela. “O médico conseguiu meu número, me mandou mensagem. A gente fica com medo de falar, de ele procurar a nossa casa…”.
A mulher acredita que ele conseguiu o número dela no sistema da clínica. Leite enviou duas mensagens, uma na quinta - “Oi. Não marcou o exame” - e outra na sexta à noite - “Boa noite”.
A paciente disse que as autoridades a orientaram a não responder. Nesta segunda-feira, 13, ela registrou o ocorrido na Delegacia de Defesa da Mulher e o celular passará pela perícia.
Revolta
O marido dela disse estar inconformado com a situação. “Se vai ao médico, é para cuidar da saúde, não é para ficar pior, não. Agora as dores de cabeça dela pioraram”. Além disso, reforça seu desconforto. “Homem nenhum tem esse direito”.
Agora, a mulher espera que o caso seja investigado e o médico punido. “Eu não quero me expor, mas quero que seja feito justiça. Há muitos casos em que outras mulheres só tomam coragem de denunciar quando outras falam”.
'Coisa absurda'
A reportagem do GCN/Sampi foi até a clínica Amor Saúde, na tarde desta segunda-feira, 13, onde ouviu o médico João Eduardo Leite. Ele negou as acusações. Disse que não praticou nenhum ato que indique estupro contra a paciente. Confirmou, porém, que enviou a mensagem na quinta-feira à noite para a mulher, questionando o motivo de não ter marcado a consulta.
Leite alega que ambos trocaram telefones dentro do consultório porque, segundo ele, a vítima estava com muitas dores e teria dificuldade para se consultar com ele novamente.
“Eu tenho 35 anos de profissão e jamais passei por situações como essa. Minha esposa é médica também, e eu jamais faria algo. Aqui as portas ficam destrancadas e qualquer pessoa pode entrar quando quiser. Jamais, nunca faria uma coisa dessas. Chegar e falar é fácil, né? Isso é uma coisa absurda”, afirmou o médico.
Sobre a mensagem, o médico disse que mandou para tentar facilitar a consulta. “Teve uma paciente que eu atendi que eu mandei, sim, a mensagem, porque ela se queixava de muitas dores e eu não vou estar presente na clínica nos próximos dois meses. Então, para facilitar, eu mandei mensagem direto pra ela. Nesse caso, eu mandei, sim, uma mensagem direto pra ela. Mas foi uma mensagem perguntando por que ela não marcou o exame, apenas isso.”
Afastamento
A clínica Amor Saúde afirmou que decidiu afastar o médico João Eduardo Leite até que a denúncia seja apurada. Disse, ainda, que caso identifique problemas na conduta do profissional, irá tomar as medidas cabíveis. Confira a nota, na íntegra:
A AmorSaúde respeita a privacidade da relação médico-paciente e, por isso, quando há um caso de discordância entre ambos, esperamos que o paciente nos procure para que possamos prontamente tomar as medidas cabíveis de apoio e proteção a ele.
A paciente em questão não procurou nenhum de nossos atendentes ou canais para relatar o caso até o momento, mas assim que fomos notificados sobre o que ocorreu, nós buscaremos tomar providências com base em nossas diretrizes internas e nas bases legais. A princípio, em casos que ferem condutas corretas, a rede opta por afastar o profissional até que os fatos sejam esclarecidos, porque prezamos sempre pelo bem-estar de nossos pacientes e não admitimos esse tipo de comportamento em nossas unidades.
Dessa forma, procuraremos esclarecer, apoiar e acolher a paciente em suas queixas, buscando um tratamento e conclusão adequados à situação.
Além disso, cabe destacar que os fatos serão devidamente apurados para que, caso a clínica identifique problemas na conduta do profissional, tomarmos as medidas perante o Conselho e outras autoridades.
Atenciosamente,
Rede AmorSaúde
*colaborou Marcos Silva
Uma mulher de 40 anos acusa de estupro o médico neurologista João Eduardo Leite. O caso teria acontecido durante consulta médica na clínica Amor Saúde, no Jardim Consolação, em Franca, na última quinta-feira, 9. Leite nega as acusações. A clínica diz que afastará o médico até que a denúncia seja apurada.
Nesta segunda-feira, 13, a mulher falou com exclusividade com o Portal GCN/Sampi. “Eu tentei sair [da sala], só que ele me segurou e encostou a boca na minha. Não consegui nem beber água na sexta, porque sentia muito nojo”, disse a paciente. Ela narrou também a reação que teria tido após o médico ter feito um "barulho como se estivesse tendo um orgasmo”, enquanto estaria fazendo uma massagem no pescoço dela.
Dores de cabeça
Com dores de cabeça intensa, a mulher procurou atendimento para agendar um exame na tarde da última quinta-feira. Porém, durante a triagem, exigida pela unidade de saúde, teria sido vítima de estupro.
Segundo a paciente, após informar o motivo da procura do atendimento, o médico perguntou se era nervosa, elogiou as unhas dela e, em seguida, pediu para se deitar na maca para examiná-la. Neste momento, João Leite conferiu a pressão e auscultou o coração da mulher.
Massagem
De acordo com a paciente, o incômodo começou quando o médico teria iniciado uma massagem no pescoço dela. “Ele começou a colocar muita força e a fazer barulho como se estivesse tendo um orgasmo”. A mulher tentou se levantar, mas teria sido impedida pelo médico, que teria pegado a mão dela e levado ao órgão genital dele.
“Eu me levantei e questionei o que ele era aquilo, mas fiquei sem reação”, afirmou a mulher. João Leite teria pedido para ela guardar segredo e empurrado a mulher em uma cadeira para medir novamente a pressão dela. “Eu tentei sair [da sala], só que ele me segurou e encostou a boca na minha. Não consegui nem beber água na sexta porque sentia muito nojo”.
Impotente
A mulher relata que, ao sair do consultório, o médico teria perguntado se ela voltaria para vê-lo. E a teria seguido quando a viu conversar com um funcionário. “Acho que ele pensou que eu ia falar alguma coisa para o menino e ele disse ‘O dela é só marcar exame’”. A paciente procurou o balcão para agendar, mas só questionou o preço. “Eu não sabia o que fazer. Queria ter reagido, gritado. Na hora você se sente impotente. Quando via casos assim na TV, imaginava que, se fosse comigo, eu reagiria”.
Ao deixar a clínica, ela procurou a CPJ (Central de Polícia Judiciária) de Franca para registrar o Boletim de Ocorrência. “Estou muito abalada, nunca imaginei passar por isso. Minha cabeça está a mil”, disse, minutos depois de deixar a delegacia.
Entrevista
Após quatro dias, ela aceitou conversar com a equipe do GCN/Sampi, mas pediu para manter sua identidade em sigilo por medo do que possa acontecer com ela. “O médico conseguiu meu número, me mandou mensagem. A gente fica com medo de falar, de ele procurar a nossa casa…”.
A mulher acredita que ele conseguiu o número dela no sistema da clínica. Leite enviou duas mensagens, uma na quinta - “Oi. Não marcou o exame” - e outra na sexta à noite - “Boa noite”.
A paciente disse que as autoridades a orientaram a não responder. Nesta segunda-feira, 13, ela registrou o ocorrido na Delegacia de Defesa da Mulher e o celular passará pela perícia.
Revolta
O marido dela disse estar inconformado com a situação. “Se vai ao médico, é para cuidar da saúde, não é para ficar pior, não. Agora as dores de cabeça dela pioraram”. Além disso, reforça seu desconforto. “Homem nenhum tem esse direito”.
Agora, a mulher espera que o caso seja investigado e o médico punido. “Eu não quero me expor, mas quero que seja feito justiça. Há muitos casos em que outras mulheres só tomam coragem de denunciar quando outras falam”.
'Coisa absurda'
A reportagem do GCN/Sampi foi até a clínica Amor Saúde, na tarde desta segunda-feira, 13, onde ouviu o médico João Eduardo Leite. Ele negou as acusações. Disse que não praticou nenhum ato que indique estupro contra a paciente. Confirmou, porém, que enviou a mensagem na quinta-feira à noite para a mulher, questionando o motivo de não ter marcado a consulta.
Leite alega que ambos trocaram telefones dentro do consultório porque, segundo ele, a vítima estava com muitas dores e teria dificuldade para se consultar com ele novamente.
“Eu tenho 35 anos de profissão e jamais passei por situações como essa. Minha esposa é médica também, e eu jamais faria algo. Aqui as portas ficam destrancadas e qualquer pessoa pode entrar quando quiser. Jamais, nunca faria uma coisa dessas. Chegar e falar é fácil, né? Isso é uma coisa absurda”, afirmou o médico.
Sobre a mensagem, o médico disse que mandou para tentar facilitar a consulta. “Teve uma paciente que eu atendi que eu mandei, sim, a mensagem, porque ela se queixava de muitas dores e eu não vou estar presente na clínica nos próximos dois meses. Então, para facilitar, eu mandei mensagem direto pra ela. Nesse caso, eu mandei, sim, uma mensagem direto pra ela. Mas foi uma mensagem perguntando por que ela não marcou o exame, apenas isso.”
Afastamento
A clínica Amor Saúde afirmou que decidiu afastar o médico João Eduardo Leite até que a denúncia seja apurada. Disse, ainda, que caso identifique problemas na conduta do profissional, irá tomar as medidas cabíveis. Confira a nota, na íntegra:
A AmorSaúde respeita a privacidade da relação médico-paciente e, por isso, quando há um caso de discordância entre ambos, esperamos que o paciente nos procure para que possamos prontamente tomar as medidas cabíveis de apoio e proteção a ele.
A paciente em questão não procurou nenhum de nossos atendentes ou canais para relatar o caso até o momento, mas assim que fomos notificados sobre o que ocorreu, nós buscaremos tomar providências com base em nossas diretrizes internas e nas bases legais. A princípio, em casos que ferem condutas corretas, a rede opta por afastar o profissional até que os fatos sejam esclarecidos, porque prezamos sempre pelo bem-estar de nossos pacientes e não admitimos esse tipo de comportamento em nossas unidades.
Dessa forma, procuraremos esclarecer, apoiar e acolher a paciente em suas queixas, buscando um tratamento e conclusão adequados à situação.
Além disso, cabe destacar que os fatos serão devidamente apurados para que, caso a clínica identifique problemas na conduta do profissional, tomarmos as medidas perante o Conselho e outras autoridades.
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Rede AmorSaúde
*colaborou Marcos Silva
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