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IRREGULAR
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Trabalhadores são retirados de fazenda em condição análoga à escravidão em Claraval (MG)
Trabalhadores são retirados de fazenda em condição análoga à escravidão em Claraval (MG)
Os trabalhadores vieram de Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Maranhão e São Paulo para trabalhar na colheita de laranja.
Os trabalhadores vieram de Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Maranhão e São Paulo para trabalhar na colheita de laranja.
Reprodução

Vinte e sete trabalhadores de diferentes Estados do Brasil foram retirados de uma fazenda em Claraval (MG), em condições análogas à escravidão, na manhã dessa terça-feira, 24, durante uma ação conjunta do Ministério Público do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho e Polícia Rodoviária Federal.
Os trabalhadores vieram de cidades de Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Maranhão e São Paulo para trabalhar na colheita de laranja, em propriedade rural que fica localizada em Ibiraci (MG).
Os trabalhadores dizem que foram recrutados por um homem que tem contato direto com o dono da propriedade. A maioria concordou em trabalhar sem registro profissional, por conta da promessa de que teriam boas condições de hospedagem e alimentação enquanto estivessem trabalhando na fazenda. Mas quando chegaram ao local, as condições de trabalho eram precárias.
'Jogou nós (sic) em um barracão'
Marcos Paulo Lima Soares, 25, veio de Espinosa (MG) e chegou à fazenda no dia 1° de outubro. O jovem afirma que, quando foi recrutado, chegou a receber até foto de um apartamento onde iria ficar. “Tinha mostrado a foto de um apartamento. Tinha dito que nós iria (sic) receber de 15 em 15 dias. Falou que iria dar comida, dar tudo. Chegou lá e jogou nós (sic) em um barracão. Não tem nada a ver o que foi falado. Teve peão que chegou lá e já arrumou dinheiro emprestado para voltar”, disse.
Soares descreveu que, no local, não tinha itens básicos de higiene pessoal, como papel higiênico e pasta de dentes. O trabalhador disse que havia uma geladeira para 30 pessoas. ”Lá tem dois banheiros, não dava descarga, tinha que ir no mato”, relatou.
Na fazenda, os funcionários chegavam a ganhar R$ 100 por dia com a colheita, que foram pagos quando fechou a quinzena.
Após serem retirados do local, os trabalhadores foram encaminhados para uma pensão, próximo do terminal rodoviário de Franca.
“Pegaram os documentos para identificar os funcionários e retirou os funcionários de lá, trouxeram para uma pensão para organizar a volta deles. Pessoal deixou a gente e sumiu. Não voltou, falou que iria voltar e até agora nada”, disse na manhã de quarta-feira, 25, Lucas Alves, de 26 anos, trabalhador que também veio da cidade de Espinosa (MG).
Alguns trabalhadores relataram que foram registrados na carteira de trabalho na manhã dessa quarta-feira, sem saber ou serem comunicados.
“Antes falaram que iria mandar a gente embora para a nossa casa. Não fez exame médico, não consultou a gente, todo mundo contando que iria embora hoje ou amanhã e agora registrou. Todo mundo que estava lá estava de acordo de trabalhar sem registro. Ninguém veio com o pensamento de registrar, seria trabalhar e ir embora, registrou sem consultar”, disse Armantino de Assis Aires Pinheiro, de 46 anos, da cidade de Penaval, do Maranhão.
Armantino contou que tem 26 anos como pescador profissional e já recebeu 19 anos de seguro defeso pela profissão. Ele descreve que o "bico" seria um extra e que agora, sendo registrado em carteira, corre o risco de perder o benefício. “Sem os pés no chão”, diz.
A maioria dos trabalhadores tem entre 24 a 40 anos, e alguns chegaram no final de setembro, outros ainda no começo deste mês, para trabalhar.
O dono da fazenda foi procurado para comentar o assunto e as condições dos trabalhadores, mas não quis se manifestar e encerrou a ligação feita pela equipe de reportagem.
Depois de inúmeras tentativas de contato entre a noite de terça-feira, 24, e a manhã e tarde dessa quarta-feira, 25, a reportagem do GCN foi procurada pela própria equipe que atua no caso dos trabalhadores, nesta quinta-feira, 26.
Os fiscais do Ministério Público do Trabalho e Emprego afirmaram que todo o suporte necessário aos trabalhadores, trâmites legais e burocráticos estão sendo adotados para resolver a questão. A equipe relatou que todos terão direto ao pagamento dos direitos trabalhistas, que serão pagos pelo dono da fazenda.
Os fiscais desmentem a informação que os trabalhadores foram "esquecidos" na pensão em Franca. “Eles tinham o contato do auditor diretamente, todas as medidas necessárias estavam sendo adotadas”, disse o auditor da equipe de fiscalização.
Ele acrescentou que causou estranheza a fala dos trabalhadores, já que a equipe segue trabalhando em prol deles e que, ainda nesta quinta-feira, será providenciado o acerto-regularização deles na própria sede do INSS, no Centro de Franca.
Vinte e sete trabalhadores de diferentes Estados do Brasil foram retirados de uma fazenda em Claraval (MG), em condições análogas à escravidão, na manhã dessa terça-feira, 24, durante uma ação conjunta do Ministério Público do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho e Polícia Rodoviária Federal.
Os trabalhadores vieram de cidades de Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Maranhão e São Paulo para trabalhar na colheita de laranja, em propriedade rural que fica localizada em Ibiraci (MG).
Os trabalhadores dizem que foram recrutados por um homem que tem contato direto com o dono da propriedade. A maioria concordou em trabalhar sem registro profissional, por conta da promessa de que teriam boas condições de hospedagem e alimentação enquanto estivessem trabalhando na fazenda. Mas quando chegaram ao local, as condições de trabalho eram precárias.
'Jogou nós (sic) em um barracão'
Marcos Paulo Lima Soares, 25, veio de Espinosa (MG) e chegou à fazenda no dia 1° de outubro. O jovem afirma que, quando foi recrutado, chegou a receber até foto de um apartamento onde iria ficar. “Tinha mostrado a foto de um apartamento. Tinha dito que nós iria (sic) receber de 15 em 15 dias. Falou que iria dar comida, dar tudo. Chegou lá e jogou nós (sic) em um barracão. Não tem nada a ver o que foi falado. Teve peão que chegou lá e já arrumou dinheiro emprestado para voltar”, disse.
Soares descreveu que, no local, não tinha itens básicos de higiene pessoal, como papel higiênico e pasta de dentes. O trabalhador disse que havia uma geladeira para 30 pessoas. ”Lá tem dois banheiros, não dava descarga, tinha que ir no mato”, relatou.
Na fazenda, os funcionários chegavam a ganhar R$ 100 por dia com a colheita, que foram pagos quando fechou a quinzena.
Após serem retirados do local, os trabalhadores foram encaminhados para uma pensão, próximo do terminal rodoviário de Franca.
“Pegaram os documentos para identificar os funcionários e retirou os funcionários de lá, trouxeram para uma pensão para organizar a volta deles. Pessoal deixou a gente e sumiu. Não voltou, falou que iria voltar e até agora nada”, disse na manhã de quarta-feira, 25, Lucas Alves, de 26 anos, trabalhador que também veio da cidade de Espinosa (MG).
Alguns trabalhadores relataram que foram registrados na carteira de trabalho na manhã dessa quarta-feira, sem saber ou serem comunicados.
“Antes falaram que iria mandar a gente embora para a nossa casa. Não fez exame médico, não consultou a gente, todo mundo contando que iria embora hoje ou amanhã e agora registrou. Todo mundo que estava lá estava de acordo de trabalhar sem registro. Ninguém veio com o pensamento de registrar, seria trabalhar e ir embora, registrou sem consultar”, disse Armantino de Assis Aires Pinheiro, de 46 anos, da cidade de Penaval, do Maranhão.
Armantino contou que tem 26 anos como pescador profissional e já recebeu 19 anos de seguro defeso pela profissão. Ele descreve que o "bico" seria um extra e que agora, sendo registrado em carteira, corre o risco de perder o benefício. “Sem os pés no chão”, diz.
A maioria dos trabalhadores tem entre 24 a 40 anos, e alguns chegaram no final de setembro, outros ainda no começo deste mês, para trabalhar.
O dono da fazenda foi procurado para comentar o assunto e as condições dos trabalhadores, mas não quis se manifestar e encerrou a ligação feita pela equipe de reportagem.
Depois de inúmeras tentativas de contato entre a noite de terça-feira, 24, e a manhã e tarde dessa quarta-feira, 25, a reportagem do GCN foi procurada pela própria equipe que atua no caso dos trabalhadores, nesta quinta-feira, 26.
Os fiscais do Ministério Público do Trabalho e Emprego afirmaram que todo o suporte necessário aos trabalhadores, trâmites legais e burocráticos estão sendo adotados para resolver a questão. A equipe relatou que todos terão direto ao pagamento dos direitos trabalhistas, que serão pagos pelo dono da fazenda.
Os fiscais desmentem a informação que os trabalhadores foram "esquecidos" na pensão em Franca. “Eles tinham o contato do auditor diretamente, todas as medidas necessárias estavam sendo adotadas”, disse o auditor da equipe de fiscalização.
Ele acrescentou que causou estranheza a fala dos trabalhadores, já que a equipe segue trabalhando em prol deles e que, ainda nesta quinta-feira, será providenciado o acerto-regularização deles na própria sede do INSS, no Centro de Franca.

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