ECONOMIA

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Grupo Rafarillo pede recuperação judicial; dívida chega a R$ 117,6 milhões

Grupo Rafarillo pede recuperação judicial; dívida chega a R$ 117,6 milhões

Decisão da Justiça autorizou o processamento da recuperação judicial das empresas do grupo francano, incluindo fábrica de calçados, postos de combustíveis e fazenda.

Decisão da Justiça autorizou o processamento da recuperação judicial das empresas do grupo francano, incluindo fábrica de calçados, postos de combustíveis e fazenda.

Por N. Fradique | 17/05/2023 | Tempo de leitura: 2 min
da Redação

Por N. Fradique
da Redação

17/05/2023 - Tempo de leitura: 2 min

Divulgação

Fábrica de Calçados Rafarillo funciona há 32 anos em Franca

Decisão da 3ª Vara Cível de Franca aprovou o processamento do pedido de recuperação judicial feito pelo Grupo Rafarillo. A decisão saiu no último dia 3. O valor da ação é de R$ 117.628.885,37.

Os beneficiados são a Rafarillo Indústria de Calçados, sete postos de combustíveis, uma empresa SAC Participações Societárias e uma fazenda. As empresas contam com dois sócios, os irmãos Cloves de Paula Cintra e Valter de Paula Cintra.

A partir da decisão, as ações contra o grupo ficam suspensas, assim como seus prazos. A empresa tem 60 dias para apresentar o plano de recuperação judicial. Caso seja descumprido, a recuperação pode ser transformada em falência.

A decisão foi baseada nas informações apresentadas pelo grupo. A trajetória do grupo econômico abrange diversos setores e foi iniciada com a indústria de calçados. Posteriormente, expandiu suas atividades para a criação de bovinos e produção de café após a aquisição da Fazenda Santa Edwiges em 2007. Em 2015, o Grupo Rafarillo fundou uma nova empresa voltada para a revenda de combustíveis, que deu origem aos postos de combustíveis RFL.

A recuperação judicial foi solicitada com o objetivo de reestruturar o passivo das empresas, buscando o reequilíbrio das contas e o retorno do crescimento sustentável do grupo. A decisão do deferimento da recuperação judicial permite que o processo de reestruturação das empresas seja realizado, garantindo a continuidade das atividades e a possibilidade de pagamento dos credores.

O empresário Valter de Paula Cintra, conhecido como Valtinho, confirmou nesta quarta-feira, 17, que as empresas estão enfrentando uma crise financeira devido a diversos fatores, incluindo a queda de rentabilidade causada pela pandemia de covid-19, o aumento do preço do petróleo, a perda das safras de café devido à forte geada, a evolução da taxa de juros e inflação, a crise cambial e a crise estrutural do setor calçadista de Franca.

“Abrimos uma unidade da fábrica de calçados no Nordeste, mas a pandemia não acabava, tivemos que fechar e trazer o maquinário de volta. Também demitimos cerca de 50 funcionários no começo deste ano. Mas acertamos com todos os funcionários. Esse pedido junto à Justiça é para ganharmos um fôlego e colocarmos as coisas em ordem”, disse Valtinho.

A Justiça ressalta que alguns documentos pendentes devem ser apresentados pelos empresários, incluindo as demonstrações contábeis relativas aos últimos exercícios e os livros-caixa digitais dos produtores rurais referentes ao ano de 2022. A administradora judicial EXM Administração Judicial foi nomeada para acompanhar o processo e verificar o cumprimento dos requisitos legais.

O Grupo Rafarillo conta com cerca de 300 funcionários atualmente, sendo 180 na fábrica de calçados. “Vamos trabalhar para cumprir os acordos, e já temos uma feira do setor de calçados para participarmos nos próximos dias”, finalizou o empresário.

Decisão da 3ª Vara Cível de Franca aprovou o processamento do pedido de recuperação judicial feito pelo Grupo Rafarillo. A decisão saiu no último dia 3. O valor da ação é de R$ 117.628.885,37.

Os beneficiados são a Rafarillo Indústria de Calçados, sete postos de combustíveis, uma empresa SAC Participações Societárias e uma fazenda. As empresas contam com dois sócios, os irmãos Cloves de Paula Cintra e Valter de Paula Cintra.

A partir da decisão, as ações contra o grupo ficam suspensas, assim como seus prazos. A empresa tem 60 dias para apresentar o plano de recuperação judicial. Caso seja descumprido, a recuperação pode ser transformada em falência.

A decisão foi baseada nas informações apresentadas pelo grupo. A trajetória do grupo econômico abrange diversos setores e foi iniciada com a indústria de calçados. Posteriormente, expandiu suas atividades para a criação de bovinos e produção de café após a aquisição da Fazenda Santa Edwiges em 2007. Em 2015, o Grupo Rafarillo fundou uma nova empresa voltada para a revenda de combustíveis, que deu origem aos postos de combustíveis RFL.

A recuperação judicial foi solicitada com o objetivo de reestruturar o passivo das empresas, buscando o reequilíbrio das contas e o retorno do crescimento sustentável do grupo. A decisão do deferimento da recuperação judicial permite que o processo de reestruturação das empresas seja realizado, garantindo a continuidade das atividades e a possibilidade de pagamento dos credores.

O empresário Valter de Paula Cintra, conhecido como Valtinho, confirmou nesta quarta-feira, 17, que as empresas estão enfrentando uma crise financeira devido a diversos fatores, incluindo a queda de rentabilidade causada pela pandemia de covid-19, o aumento do preço do petróleo, a perda das safras de café devido à forte geada, a evolução da taxa de juros e inflação, a crise cambial e a crise estrutural do setor calçadista de Franca.

“Abrimos uma unidade da fábrica de calçados no Nordeste, mas a pandemia não acabava, tivemos que fechar e trazer o maquinário de volta. Também demitimos cerca de 50 funcionários no começo deste ano. Mas acertamos com todos os funcionários. Esse pedido junto à Justiça é para ganharmos um fôlego e colocarmos as coisas em ordem”, disse Valtinho.

A Justiça ressalta que alguns documentos pendentes devem ser apresentados pelos empresários, incluindo as demonstrações contábeis relativas aos últimos exercícios e os livros-caixa digitais dos produtores rurais referentes ao ano de 2022. A administradora judicial EXM Administração Judicial foi nomeada para acompanhar o processo e verificar o cumprimento dos requisitos legais.

O Grupo Rafarillo conta com cerca de 300 funcionários atualmente, sendo 180 na fábrica de calçados. “Vamos trabalhar para cumprir os acordos, e já temos uma feira do setor de calçados para participarmos nos próximos dias”, finalizou o empresário.

15 COMENTÁRIOS

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  • fafa
    25/05/2023
    mais do mesmo... kkkkkkkkk empresários apoiadores do Estado Mínimo recorrendo ao estado. O lucro é privado mas o prejuizo é socializado ? CORJA!
  • RAFAEL FILASSI DE MELLO
    20/05/2023
    Realmente os fatores que Valtinho comentou é verdade, acompanho os Mercados e Política Econômica, um toque de boa gestão em todas as Empresas do Grupo o fará se levantar. Vamos dar a chance aos Empresários da Recuperação assim como determinou o Nobre Magistrado. Resiliência em tudo, e Sucesso, sempre com DEUS ????????????
  • Alvaro Nogueira
    20/05/2023
    Boa tarde... gostaria de saber quem dos comentários anteriores ao meu são empreendedores? Pode ser grande, médio, pequeno,nanico....? Muito bom poder abrir a boca e vomitar tudo aquilo que se chá certo(por enquanto)....mas só quem realmente investe neste país sabe o quanto sofremos ...sempre vejo comentários como:a casa de praia,o carro e etc..., Ninguém para pra perguntar como foi comprado? Boa parte acha q o empreendedor é o vilão, mas viver na mão do Estado é pior do que na mão do capeta....mas daqui a pouco todos nós saberemos.
  • Darsio
    19/05/2023
    E não é que apareceu um dos ruminantes?
  • Ailton nilo
    18/05/2023
    Devrria da chances a seu funcionários pra fazer propaganda ao invés de pagar milhões para o Milton Neves em propaganda
  • Gabiroba
    18/05/2023
    Esse pedido de recuperação tem nada a ver com governo B ou L, isso tem ligação com coleções lançadas erradas seguidamente, alto investimento em tv, prazo longo para receber dos lojistas e claro, muita má gestão ao longo dos anos... Algo como 100 milhões de dívidas não é da noite pro dia nunca! Obs. As ranchadas não pararam!
  • Rhioda Wars
    18/05/2023
    Mais uma senzala remunerada que se vai desse município. Lembrando que quem quebra é a empresa, mas os donos dela continuam com suas casas, carros, iates e negócios paralelos...
  • Geraldo
    18/05/2023
    Temos que, rezarmos, Pedir a Deus para todos os setores de Franca e do Brasil indústrias, comerciais etc quantos anos esta empresa cuidou de muitas famílias e também levando o nome de Franca pra todo Brasil e exterior! Que Deus ilumine à todos
  • Marco
    18/05/2023
    Esse Darsio, colocando em palavras mais amenas, deve ter sonhos molhados com o Bolsonaro todos os dias!
  • Raquel
    18/05/2023
    Decretam falência e não pagam os fornecedores e funcionários e fica por isso mesmo, enquanto isso os donos com fazenda, casa de praia, gastando milhões, esse é o Brasil
  • Edmilson Sanches
    18/05/2023
    Mais um empresário, ( no caso dois) que ganha dinheiro e quer se aventurar a ser fazendeiro.A maioria dos empresários que vão a falência depois de um crescimento vertiginoso se deve ao fato dos investimentos que fazem fora do setor que eles conhecem bem.Alem da fazenda, vem rancho, casa na praia...Espero que se recuperem, pois a marca Rafarillo é muito boa. Meu sapato favorito.
  • Henrique Dagoberto Souza
    18/05/2023
    Mais uma fabrica indo pro beleleu, ja foi o Agabe, Samello, Decolores, Satierf e tantas outras que nao lembro o nome. Isso é má gestao.
  • Darsio
    18/05/2023
    Deixa-me ver! O donos da empresa são comunistas? Oras! Se estão criticando essa absurda e irreal taxa de juros imposta pelo Banco Central e as altas nos derivados do petróleo, comuns no desgoverno bozo, são portanto, comunistas. Agum ruminante porderia nos explicar isso?
  • Tiago
    17/05/2023
    Aumentem os impostos que vai ficar melhor.
  • Minerim
    17/05/2023
    Mais um grande que não aguentou em Franca ..Triste sina......