Um bom papo, fotos de cachorrinho fofo, estilo galã de novela, atencioso e carinhoso – é assim que um possível golpista, que se apresenta como Aaron, de Hong Kong, vem atuando no ciberespaço. Uma francana, de 35 anos, que não quis se identificar, deu acesso ao GCN a prints da tentativa de golpe que sofreu através do uso do aplicativo de relacionamento.

O Tinder, conhecido por ser um dos maiores aplicativos para relacionamento, se tornou palco para oportunistas e golpistas, que enviam links para suas vítimas, os quais roubam suas informações bancárias ou sugerem possíveis investimentos.

A francana, que trabalha no setor de e-commerce da cidade, narrou sua trajetória. “Na quinta-feira, 11, nós damos Match, pelo aplicativo, só após isso ele permite que as pessoas conversem. Logo, ele pediu meu telefone celular para conversar com mais facilidade. No começo ele é galanteador, fala tudo o que você quer ouvir e ganha sua confiança. Ele disse que não era do Brasil e que não falava português”, disse.

Segunda ela, logo no segundo dia de conversa, ela percebeu algo estranho, mas continuou conversando para ver até onde ele ia. “Quando ele começou a falar sobre investir em criptomoedas e que iria me ajudar a ter uma segunda renda, eu achei estranho. Eu sempre falava para a gente se encontrar e ele desconversava, disse que é porque não conseguia falar português direito. Ele dizia que morava no bairro São José. Fui dando moral para ver até onde ele ia, para conseguir denunciar ele com provas”, explicou.

A francana também disse que ao pedir outras redes sociais dele, ele disse usava uma de seu país. “Ele me mandou o link, fui procurar e vi que o Instagram dele tinha sido criado há 13 semanas. A foto que ele me enviou do cachorro, era de um famoso. Tudo muito estranho, logo pensei que era uma roubada. Um homem tão bonito não seria tão carente. Conversei com uma seguidora do perfil, que disse que ele contou a mesma história, mas que era de Curitiba. Foi aí que tive certeza”, contou.

A vítima informou que já fez o boletim de ocorrência junto à Polícia Militar e levou prints das conversas, fotos e colocou seu celular à disposição da Justiça para tentar rastrear o possível golpista.