DIA DAS MÃES

Mães: 'Você nunca vai fazer tanto por alguém e receber em troca tanto amor'

'Mães que trabalham fora, mães que se dedicam à casa e aos filhos, mães solo, mães de coração, avós que são mães, todas, sem exceção, merecem todo respeito, carinho e amor'.

Por Jéssica Reis | 14/05/2023 | Tempo de leitura: 5 min
da Redação

Reprodução

Mães contam o desafio da maternidade: 'Todas as mães são especiais, somos incríveis, porque ser mãe é a missão mais desafiadora que alguém pode ter'
Mães contam o desafio da maternidade: 'Todas as mães são especiais, somos incríveis, porque ser mãe é a missão mais desafiadora que alguém pode ter'

A maternidade vai além de uma mulher dar à luz um ou mais filhos, ou receber em seus braços um filho do coração. Ser mãe é uma jornada de amor, de ensinamentos, cuidados, carinho, troca de olhares e várias ou muitas lágrimas, da criança e da mãe. Mas, na prática, tudo muda e cada uma exerce a maternidade da sua forma, com suas individualidades, suas dores e amores.

Neste 14 de maio de 2023, Dia das Mães, o GCN conta a história de três mulheres que, assim como milhões de outras, vivem o maior e talvez mais prazeroso desafio de suas vidas, que é ser mãe.

Tacyla
Tacyla Garcia Rangel Simões tem 35 anos e é professora de formação. Há oito anos, que ela viu sua vida mudar. “Pensar como foi a primeira vez que vi o Arthur em meus braços, é difícil porque é um sentimento realmente que é quase impossível descrever. Foi aí que me tornei mãe, quando encostaram ele no meu rosto, logo após o parto. Era como se meu corpo todo queimasse por dentro, de tanto amor. Todo medo da surpresa do parto desapareceu”, disse emocionada a francana.

Arthur e a mãe Tacyla

Arthur é autista com epilepsia e TDHA (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade) associados. E a descoberta veio através de observação junto com a escola. “Vimos que ele não atingia alguns marcos importantes no desenvolvimento. Mas o diagnóstico de TEA (Transtorno do Espectro Autista) veio quando Arthur tinha apenas 1 ano e 8 meses. Eu já desconfiava, pois trabalhei em sala de aula por muitos anos, inclusive com a educação infantil. Então, foi mais libertador do que assustador, pois ali soube o caminho a seguir para ajudar e pude colocar em prática o amor incondicional”, revelou Tacyla.

Mas a relação da professora com seu filho Arthur vai além de qualquer diagnóstico. “Nossa relação é única e de um amor que nunca vai mudar, nunca, só crescer. Somos amigos, fazemos várias coisas juntos e sabemos que temos um ao outro. Em dias que penso em desistir de tudo, me lembro dele e sigo em frente. Somos muito apegados e estamos dia a dia criando uma relação de apoio, amizade, segurança e companheirismo”, disse.

Tacyla está em um momento mágico em sua vida, já que além de Arthur, ela está grávida de 23 semanas de seu segundo filho com o desenvolvedor de sistema Fernando. O pequeno vai se chamar Romeu e seu nascimento marcará uma nova fase na vida da família.

“Ser mãe, pra mim, é a realização de um dos meus sonhos pois eu sempre me vi mãe. Sempre gostei de cuidar, de ver o desenvolvimento, de acompanhar cada conquista. Acho que até por isso, por anos atrás, fui professora na educação infantil”, destacou.

Arthur, Tacyla e Fernando

Ela ainda reforça que aconselharia a maternidade em todas as suas formas. “Eu aconselharia a ter, sem dúvidas, seja gerando, adotando, de coração, seja a forma que for. Fazer parte da criação de outro ser humano e vê-lo voar é o trabalho mais incrível, só estejam abertas para entender que Deus escolhe nossos desafios. Independente da sua maternidade ser típica ou atípica, esteja pronta e aberta para receber o filho(a) que irá chegar para você”, finalizou.

Juliana
Juliana Rocha da Silva, de 35 anos, é professora e está se especializando em Análise do Comportamento Aplicada ao Autismo, para entender mais sobre seu filho.

Arthur Rocha Jordão tem 11 anos, e também foi diagnosticado com TEA e TDAH. “O nascimento dele foi o momento mais feliz da minha vida. A maternidade atípica, com todas as suas dificuldades, ainda assim é a melhor coisa que fiz na vida. A mais difícil também, mas compensadora”, contou Juliana.

A professora vive agora os novos desafios de ter um pré-adolescente em casa. “Todos os dias temos novos desafios para enfrentar e superar. Mas tudo com uma relação de muito amor”, disse emocionada.

Para Juliana, a maternidade é uma oportunidade de evolução. “Sinto que amadureci, aprendi e evoluí muito. Passei a dar atenção a coisas que antes eram indiferentes para mim, a dar valor às coisas mais simples. Hoje sou muito diferente do que era antes de ser mãe, um pouco mais cansada, mas muito mais feliz”, destacou.

Arthur Rocha, a mãe Juliana e o pai José Carlos

Ela ainda reforça o quão especial essa jornada é. “Gostaria de dizer que todas as mães são especiais, somos incríveis, porque ser mãe é a missão mais desafiadora que alguém pode ter, e conseguimos fazer isso com muito amor, muita dedicação e muita força. As mães que trabalham fora, as mães que se dedicam à casa e aos filhos, as mães solo, as mães de coração, as avós que são mães, todas, sem exceção, merecem todo respeito, carinho e homenagens”, finalizou.

Rafaella
Rafaella Alves de Oliveira, tem 36 anos, é enfermeira por formação e marketeira depois da maternidade. Nascida em Itaú de Minas (MG), ela se mudou para Franca, quando seu filho mais velho Rafael nasceu, há 8 anos.

Casada com o gerente de sistemas Cássio, de 34 anos, além de Rafael, ela ainda é mãe do pequeno Miguel e sofreu um aborto de gêmeas.

Seu primogênito, Rafael, tem autismo grau 2 e, após a descoberta surpresa, a mineira viu sua vida mudar para sempre. “Quando o Rafa nasceu, não pude ver ele de imediato, pois ele não chorou e o levaram.  Aquele momento foi um misto de medo, ansiedade e fé. Diferente do momento da confirmação do autismo, já que muitos me disseram que era coisa da minha cabeça e, depois do diagnóstico, foi um alívio. Pois, aí eu sabia como deveria fazer para ajudar o desenvolvimento do meu filho”, contou.

O diagnóstico veio apenas para estreitar laços de mãe e filho. “Ser mãe é a missão mais desafiadora da minha vida. Nossa relação se resume em sendo uma bênção de Deus. É muito amor, orgulho, admiração e respeito. Ter filho é uma experiência única. Você nunca vai fazer tanto por alguém e receber em troca tanto amor. É inexplicável”, destacou.

A rotina dessa mãe mudou ainda mais com a chegada do pequeno Miguel. “Nossa rotina está um pouco tumultuada depois da chegada do irmão Miguel, mais se resume em terapias, escola e videogame”, contou.

Segundo Rafaela, sua fé e amor pelos filhos são os combustíveis que a fazem seguir em frente. “Hoje, o que me move é saber que eu posso colocar o pé, que Deus vai vir e colocar o chão. Nunca isso fez tanto sentido na minha vida”.

Rafael, sua mãe Rafaella Alves, o pai Cássio e seu irmão caçula Miguel

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