NOSSAS LETRAS

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Apresentação

Apresentação

'Reunião que congregou autora, editores e convidados, surpreendeu. Trata-se de 'Não escrevo poesia, ela me (d)escreve', de Tania Mara Pinto.' Leia o artigo de Zelita Verzola.

'Reunião que congregou autora, editores e convidados, surpreendeu. Trata-se de 'Não escrevo poesia, ela me (d)escreve', de Tania Mara Pinto.' Leia o artigo de Zelita Verzola.

Por Zelita Verzola | 13/05/2023 | Tempo de leitura: 1 min
Especial para o GCN

Por Zelita Verzola
Especial para o GCN

13/05/2023 - Tempo de leitura: 1 min

Lançamento de livro, especialmente de autor não consagrado, nunca foi fácil. Nesse tempo pós pandemia, retomada ainda mais desafiante. Falo do livro em papel; o digital precisa de outro enfoque.

Pois não é que no último dia 5, a reunião que congregou autora, editores e convidados para lançamento de livro, surpreendeu agradavelmente.

Trata-se de “Não escrevo poesia, ela me (d)escreve”, de Tania Mara Pinto de Sousa, escritora francana, professora, membro da Academia Francana de Letras.

A autora apresentou seu livro de forma gentil e participativa, incluindo a todos naquele seu momento de alegria. Manteve seu lugar de fala (expressão que está na moda atualmente) sem impô-lo ou descaracterizar outros.

Teve leitura espontânea de poesias do livro, música, declamação, fala da autora e da editora e clima ameno de encontro.

O livro, editado pela Artefato, impresso em papel cartão e com bela capa de Victor Prado, está primoroso.

Os poemas encantam, cantam, riem, choram, questionam.

Vou transcrever um deles, almejando que desperte a gula para devorar o livro. Outono, disse Tania, é sua estação preferida. Estamos nele. Então

“Outono
A vida não merece prateleira
Agora é a melhor hora
Vou jogar o que não serve fora
Já comecei com a limpeza no armário
no roupário
nas gavetas
nas memórias
Fiquei muito tempo
Buscando nas entrelinhas
A minha identidade
Mas, na verdade,
Foi lá que me perdi
É tanto compartimento
Tanto fora quanto dentro
Códigos secretos
Tem muita coisa que não me serve!
Tem muita coisa com ácaro
Muito ranço
Vou aproveitar a onda do outono
Já encomendei uma caçamba.”

Lançamento de livro, especialmente de autor não consagrado, nunca foi fácil. Nesse tempo pós pandemia, retomada ainda mais desafiante. Falo do livro em papel; o digital precisa de outro enfoque.

Pois não é que no último dia 5, a reunião que congregou autora, editores e convidados para lançamento de livro, surpreendeu agradavelmente.

Trata-se de “Não escrevo poesia, ela me (d)escreve”, de Tania Mara Pinto de Sousa, escritora francana, professora, membro da Academia Francana de Letras.

A autora apresentou seu livro de forma gentil e participativa, incluindo a todos naquele seu momento de alegria. Manteve seu lugar de fala (expressão que está na moda atualmente) sem impô-lo ou descaracterizar outros.

Teve leitura espontânea de poesias do livro, música, declamação, fala da autora e da editora e clima ameno de encontro.

O livro, editado pela Artefato, impresso em papel cartão e com bela capa de Victor Prado, está primoroso.

Os poemas encantam, cantam, riem, choram, questionam.

Vou transcrever um deles, almejando que desperte a gula para devorar o livro. Outono, disse Tania, é sua estação preferida. Estamos nele. Então

“Outono
A vida não merece prateleira
Agora é a melhor hora
Vou jogar o que não serve fora
Já comecei com a limpeza no armário
no roupário
nas gavetas
nas memórias
Fiquei muito tempo
Buscando nas entrelinhas
A minha identidade
Mas, na verdade,
Foi lá que me perdi
É tanto compartimento
Tanto fora quanto dentro
Códigos secretos
Tem muita coisa que não me serve!
Tem muita coisa com ácaro
Muito ranço
Vou aproveitar a onda do outono
Já encomendei uma caçamba.”

1 COMENTÁRIOS

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  • isabel Vitoriano
    15/05/2023
    Que bom que Taninha decidiu escrever esse livro. Sempre tive o prazer de me deliciar com seus poemas. Ela tem o dom de traduzir em palavras, sentimentos e emoções. Cada poesia dela me faz viajar para momentos indescritíveis. Obrigada, Taninha. Bj