CAOS NA SAÚDE

DRS estuda regulação de 'hospitais de retaguarda' próximos a Franca

Cear ouviu representantes do órgão estadual, com o objetivo de encontrar solução para o problema de falta de vagas SUS na cidade

Por N. Fradique | 13/03/2023 | Tempo de leitura: 2 min
da Redação
Sampi/Franca

Divulgação/Câmara Municipal de Franca

Ricardo Bessa (à direita), Thayla Gomes e Kely Faleiros: audiência sobre falta de vagas SUS
Ricardo Bessa (à direita), Thayla Gomes e Kely Faleiros: audiência sobre falta de vagas SUS

A Cear (Comissão Especial de Assuntos Relevantes) da Câmara Municipal, que trata da falta de vagas SUS em Franca, ouviu nesta segunda-feira, 13, os representantes da DRS-VIII (Diretoria Regional de Saúde). Franca vive um caos na saúde, com pacientes ficando em unidades de emergência da cidade à espera de vaga de internação. Há registro de pessoas que ficaram até cinco dias aguardando vaga.

O diretor da DRS, Ricardo de Oliveira Bessa, participou da audiência realizada no Plenário do Legislativo, respondendo os questionamentos dos membros da Comissão da Saúde. Diferente da Santa Casa, que sugeriu a compra de 50 leitos através de chamamento público, o órgão estadual não apresentou nenhuma alternativa concreta para resolver o problema.

“Estamos num período de tentar entender como funciona e, com o nosso conhecimento, a gente pode ajudar no sentido de minimizar os grandes problemas, problemas relevantes que nós temos na saúde pública de Franca e da região. Nós estamos fazendo um diagnóstico de diversos setores que compreende a DRS. Isso demanda algum tempo”, disse o médico.

As profissionais da DRS, que também estiveram no encontro, Thayla Gomes (diretora do Centro de Credenciamento) e Kely Faleiros (diretora de Planejamento) fizeram uma apresentação dos números de atendimento do órgão reafirmando que Franca registra a maior parte das solicitações de vagas, sendo mais de 4 mil nesse período dos últimos três meses. O número de vagas SUS destinadas ao Grupo Santa Casa é de 281.

Na explanação, através do telão do Plenário, a DRS explicou que está desenvolvendo ações. Entre elas, propõe reuniões periódicas com a Santa Casa e o município, com o propósito de qualificar a regulação dos usuários (protocolo, alteração de fluxos, análise de casos específicos) e regulação de pacientes para hospitais de retaguarda.

Sobre a possibilidade de regulação de hospitais próximos à Franca para atender a demanda como hospital de retaguarda, Bessa disse que primeiro é preciso verificar se as unidades das cidades vizinhas possuem condições de atender. “É uma possibilidade já colocada, os hospitais já existem. Toda união é importante, quanto mais unido a gente está, mais fácil resolver os problemas”.

O presidente da Cear, Gilson Pelizaro (PT), voltou a dizer que existe falha no sistema de regulação de vagas e que a população não pode ficar esperando a construção do hospital estadual. “O Estado já assumiu que falta leitos ao noticiar a construção de um hospital, mas precisamos resolver isso rapidamente. Não dá pra esperar quatro anos”, disse.

A audiência realizada no plenário da Câmara contou também os outros membros da Comissão da Saúde, os vereadores Zezinho Cabeleireiro (PP), Ronaldo Carvalho (Cidadania), Marcelo Tidy (União) e Lurdinha Granzotte (União).

Agora, a Cear vai ouvir a Secretaria de Saúde de Franca, na próxima segunda-feira, 20, para conclusão dos trabalhos da Comissão da Saúde.

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